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Guerra entre PCC e Magrelo deixa mortes brutais no Ano-Novo em SP

Cidade de Rio Claro, onde PCC e Bonde do Magrelo disputam hegemonia do tráfico, duas pessoas foram executadas com mais de 40 disparos

atualizado

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Homem invade mercado com fuzil em Rio Claro
1 de 1 Homem invade mercado com fuzil em Rio Claro - Foto: Reprodução

São Paulo — A guerra entre a gangue Bando do Magrelo e o Primeiro Comando da Capital (PCC) no interior do estado ganhou novos capítulos no fim de ano, em meio à disputa pela hegemonia do crime na região de Rio Claro. Duas execuções brutais aterrorizaram moradores, com dezenas disparos de pistola e fuzil. Além das mortes, uma pessoa ficou ferida.

Em 30 de dezembro, Cristiano Rodrigues Da Conceição, de 47 anos, que já respondeu a um processo por tráfico de drogas, foi perseguido por dois suspeitos armados e fuzilado em um supermercado no bairro Jardim Progresso. Segundo o registro da ocorrência, foram deflagrados mais de 30 cápsulas de munição de fuzil calibre 556 e de pistola.

No dia 1º de janeiro, Claudio Soares Nascimento, de 29 anos, foi assassinado com pelo menos 12 disparos de pistola no bairro Boa Morte. Jadson Cícero da Silva, de 42 anos, também foi atingido e hospitalizado.

A suspeita é que as duas execuções sejam obra do Bando do Magrelo e que as vítimas fossem ligadas ao PCC. Autoridades policiais afirmam que o grupo liderado por Anderson Ricardo de Menezes – o Magrelo — seja responsável pela morte de pelo menos 30 membros da maior facção do Brasil nos últimos anos.

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Criminosos de quadrilha do interior posam com pistolas
Willian Ribeiro de Lima Diez, o "Feio", apontado como braço direito de Magrelo
Criminoso segura fuzil em sala de casa
Anderson Ricardo de Menezes, o "Magrelo", apontado como líder da quadrilha que se opõe ao PCC no interior de SP
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Rafael Freitas dos Santos, o "Nariz Torto", posa segurando dois fuzis

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Criminosos de quadrilha do interior posam com pistolas

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Willian Ribeiro de Lima Diez, o "Feio", apontado como braço direito de Magrelo

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Criminoso segura fuzil em sala de casa

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Anderson Ricardo de Menezes, o "Magrelo", apontado como líder da quadrilha que se opõe ao PCC no interior de SP

Reprodução/MPSP

A suspeita é que outros traficantes ligados ao PCC teriam fugido da região após serem jurados de morte pelos novos.

Segundo a polícia, o Bando do Magrelo, que atua em pelo menos oito cidades, é conhecido pela truculência, com ataques à luz do dia e uso de armamento pesado. O grupo ganha território à medida que o PCC gradualmente perde interesse pelos mercados locais de drogas e foca no tráfico internacional.

A disputa pelo comando do crime na região refletiu nos índices de violência em diferentes cidades. Em Rio Claro, por exemplo, houve 33 pessoas assassinadas somente em 2024.

Fuzilado no mercado

Câmeras de segurança do supermercado em que Cristiano Rodrigues Da Conceição foi morto flagraram a ação dos criminosos. Nas imagens, é possível ver a vítima estacionando o carro em frente ao estabelecimento, acompanhado da mulher e da filha.

Encapuzados, os atiradores se aproximam rapidamente de Cristiano. Ao notarem a presença da mulher e da criança, parecem hesitar. Nesse momento, a vítima corre para dentro do mercado. Enquanto foge, é alvo dos disparos.

Funcionários do estabelecimento conseguiram se abrigar e saíram ilesos do ataque. Os autores dos disparos fugiram e ainda não foram identificados.

Assista:

Morto em cruzamento

Claudio Soares Nascimento foi assassinado às 2h30 do primeiro dia do ano. Ele passava a pé pelo cruzamento da Avenida 02 com a Rua 12, quando ocupantes de um veículo efetuaram vários disparos.

Em imagens de uma câmera de segurança, é possível ver ele conversando com um outro homem momentos antes do ataque. Não fica claro se seria Jadson Cícero da Silva, que ficou ferido no ataque.

Atingido por vários disparos, Claudio correu por cerca de 50 metros até cair na Rua 12. Jadson, mesmo com um disparo tendo atingido suas duas pernas, também correu. Ele percorreu cerca de 150 metros até cair em uma área de vegetação na beira da rua, onde permaneceu até a chegada do socorro.

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