metropoles.com

Guerra do PCC com facção rival deixa 4 mortos em 12h no interior de SP

Dois pistoleiros executaram cabeleireiro ligado ao Bando do Magrelo. Mais tarde, quadrilha realizou chacina com membros do PCC. Veja vídeo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Redes Sociais
Mosaico com a foto de quatro homens - Metrópoles
1 de 1 Mosaico com a foto de quatro homens - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – A cidade de Rio Claro, no interior paulista, tornou-se palco de disputas violentas entre o Bando do Magrelo e o Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo controle das atividades criminosas na região — principalmente o tráfico de drogas e de armas. Como resultado disso, quatro suspeitos foram assassinados a tiros em um período de aproximadamente 12 horas, no último sábado (23/11).

O primeiro a morrer foi Daniel de Paula Sobrinho, de 29 anos, executado dentro no salão de cabeleireiro que é dono, no bairro Jardim Palmeiras. Uma câmera de monitoramento (assista abaixo) registrou a chegada de dois pistoleiros, em um Volkswagen Gol branco, às 8h27. A dupla estaciona em frente ao salão, no qual entra correndo e onde havia clientes.

5 imagens
José Cláudio Martins Nunes, 50, membro do PCC morto por bando rival
Gabriel Lima Cardoso, 26, membro do PCC assassinado
Daniel de Paula Sobrinho, o Vovô, morto pelo PCC
1 de 5

Marcelo Henrique Ferreira, 27, morto a tiros por Bando do Magrelo

Reprodução/Redes Sociais
2 de 5

José Cláudio Martins Nunes, 50, membro do PCC morto por bando rival

Reprodução/Redes Sociais
3 de 5

Gabriel Lima Cardoso, 26, membro do PCC assassinado

Reprodução/Redes Sociais
4 de 5

Daniel de Paula Sobrinho, o Vovô, morto pelo PCC

Reprodução/Redes Sociais
5 de 5

Reprodução/Redes Sociais

Daniel, ligado ao Bando do Magrelo, quadrilha local com forte poder de fogo — segundo apurado pelo Metrópoles — foi alvo de ao menos 30 tiros e morreu ainda no local. Toda a ação, incluindo a fuga, durou pouco mais de 20 segundos.

O líder da quadrilha rival do PCC, Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, foi preso em 23 de maio do ano passado em Borborema, a cerca de 210 quilômetros de distância de Rio Claro. Ele chegou a afirmar ser o “Novo Marcola” — líder máximo da maior facção do Brasil — devido à influência de seu bando na região.

Magrelo foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A Justiça atribui ao traficante ao menos 30 mortes na região.

Vídeo

 

Triplo assassinato

Cerca de 12 horas depois da morte de Daniel, o Bando do Magrelo vingou a morte do seu integrante.

Conforme registros policiais, obtidos pelo Metrópoles, a quadrilha local matou a tiros: José Cláudio Martins Nunes, de 50 anos, Gabriel Lima Cardoso, 26, e Marcelo Henrique Ferreira, 27, todos membros do PCC.

Marcelo foi morto com um tiro na cabeça e outro na nuca, no meio da rua, no Jardim Rio Claro. A cerca de dez metros de distância, havia um Fiat Mobi, com o motor ainda ligado. Suspeita-se que esse carro foi usado pelos assassinos — que ainda abandonaram no local um carregador prolongado de pistola e munições, intactas, calibre 9 milímetros.

Próximo às munições e ao carregador estava o corpo de José Cláudio, atingido por cinco tiros no peito, um na nuca, e outros dois em cada lado da cabeça.

Ainda vasculhando a região, um policial pulou um muro e, no meio de um terreno, localizou um chinelo. Mais adiante, já no asfalto, estava o corpo de Gabriel Lima, baleado com cinco tiros na cabeça e um no joelho direito. Era o terceiro executado na chacina.

O bando do Magrelo pretendia matar quatro membros do PCC. Um deles, porém, sobreviveu ao atentado e foi hospitalizado. Ele poderá ajudar a polícia a identificar os envolvidos na chacina. Até o momento, ninguém foi preso.

Irmão Soneca

Após a prisão de Magrelo, Murilo Batista Prado, o Irmão Soneca, de 25 anos, teria promovido uma matança na região de Rio Claro para tentar assumir o lugar do chefão encarcerado.

Fontes ligadas à investigação do caso afirmaram, em sigilo, que Irmão Soneca teria tentado se aliar, sem sucesso, ao PCC. Ele, antes disso, fazia parte da quadrilha de Magrelo, com o qual realizou negócios, inclusive viajando com o chefão ao Paraguai – onde teria negociado e transportado cargas de drogas para o interior paulista.

Mas, sem respaldo do PCC e considerado um traidor, Irmão Soneca teria sido julgado e condenado à morte, em agosto, por um “tribunal do crime” promovido por criminosos do bando liderado por Magrelo.

Dois corpos foram encontrados em um veículo incendiado e, um deles, conforme fontes afirmaram sob sigilo, foi reconhecido por familiares como de Irmão Soneca.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?