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Guerra de versões: SSP diz que PM não apresentou agressão em delegacia

Corregedoria pediu prisão de soldado que aparece jogando homem de ponte durante abordagem; outros 12 PMs estão afastados das ruas

atualizado

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homem jogado ponte 3
1 de 1 homem jogado ponte 3 - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

São Paulo – Os policiais militares envolvidos na ocorrência em que Marcelo Barbosa do Amaral, de 25 anos, foi jogado pelo soldado Luan Felipe Alves Pereira de uma ponte na zona sul paulistana, na última segunda-feira (2/12), afirmaram em um relatório interno — elaborado após o caso — que a Polícia Civil teria dispensado o registro do caso.

Em nota encaminhada à reportagem, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo desmente a versão dos PMs. A pasta afirma que “até o momento” a Polícia Civil não localizou “registro nem apresentação” do caso, a princípio descrito pelos PMs, ainda no registro interno, como “disparo de arma de fogo”.

O Metrópoles revelou que a Corregedoria da corporação solicitou a prisão preventiva do soldado, no fim da tarde dessa quarta-feira (4/12), ao Tribunal de Justiça Militar (TJM). O caso segue, desde então, em segredo. Além dele, outros 12 PMs investigados por envolvimento no caso estão afastados das ruas.

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Soldado Luan inicia perseguição
Suspeito se agacha para pegar arma no chão
Soldado atira contra motoqueiro
Cápsulas deflagradas ficaram espalhadas por viela
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Suspeito se agacha para pegar arma no chão

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Soldado atira contra motoqueiro

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Vítima foi ferida e morta com 11 tiros

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Omissão

Os policiais do 24º Batalhão omitiram no relatório interno, não reportado na delegacia, que o soldado Luan Felipe havia arremessado Marcelo na ponte do bairro Cidade Ademar durante uma abordagem.

Como mostrado pela reportagem, os policiais militares dizem ter perseguido suspeitos, em motos, até chegarem em um baile funk, cujo fluxo se dispersou com a presença deles. Um homem teria sido ferido com um tiro. Ao supostamente apresentarem a ocorrência do rapaz baleado no 26º Distrito Policial (Sacomã), ainda segundo falsamente relatado pelos PMs, o registro da ocorrência teria sido “dispensado”.

A origem do tiro ainda não foi esclarecida e policiais da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Ceco), da 2ª Delegacia Seccional — que abrange a região da ocorrência –, procuram o responsável por um disparo que, de fato, deixou um homem ferido.

Repercussão

Nessa terça-feira (3/12), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, criticaram a ação do policial que arremessou o suspeito da ponte.

Segundo Tarcísio, o PM que aparece no vídeo “não está à altura de usar a farda” da corporação.

“A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, acima de tudo, pelo seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas. [O] policial está na rua para enfrentar o crime e para fazer com que as pessoas se sintam seguras. Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda”, disse Tarcísio em publicação nas redes sociais.

Em vídeo, Derrite disse que “nenhum tipo de desvio de conduta” por parte de policiais do estado será tolerado.

“Quero dizer para todos vocês que essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da Polícia Militar e eu determinei ao comando da Polícia Militar o afastamento imediato de todos os policiais envolvidos nessa ação”, afirmou.

Luan Felipe Alves Pereira está atualmente afastado das ruas. Além dele, outros 12 foram transferidos para atividades internas por conta do caso.

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