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Com 5 mortes, Guarulhos é a cidade paulista com mais vítimas da dengue

Guarulhos registra 8.270 casos de dengue e 5 mortes pela doença desde o início do ano; cidade vive epidemia e decretou estado de emergência

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Divulgação/Prefeitura de Guarulhos
Imagem de agente da saúde manejando vacina - Metrópoles
1 de 1 Imagem de agente da saúde manejando vacina - Metrópoles - Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarulhos

São Paulo — A cidade de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, registrou a quinta morte por dengue nesta quinta-feira (7/3), segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), e se tornou o município paulista com mais vítimas da doença desde o início do ano.

Segundo a Prefeitura de Guarulhos, todos os cinco mortos eram portadores de comorbidades, “o que agrava as condições do estado geral”. Na última terça-feira (5/3), a prefeitura decretou estado de emergência para dengue devido ao aumento no número de casos — atualmente, são 8.720 confirmados. A taxa de incidência na cidade é de 675 casos para cada 100 mil habitantes, mais do que o dobro considerado para configurar uma epidemia (300 para cada 100 mil).

A decisão seguiu o decreto similar, realizado na mesma data, pelo governo estadual. A prefeitura da cidade informou que permanecerá em situação de emergência “até que a condição sanitária no município se estabilize”.

A administração municipal também anunciou a ampliação da vacinação contra a dengue para a faixa etária de 12 a 14 anos, com a liberação do Ministério da Saúde. Os munícipes podem procurar uma das Unidades Básicas de Saúde (UBS) a partir desta quinta. São 25 polos de vacinação com equipes preparadas para receber crianças e adolescentes — a faixa de 10 e 11 anos continua a ser atendida, disse a prefeitura.

Em fevereiro, Guarulhos recebeu 34.270 doses do imunizante Qdenga. Até quarta-feira, foram vacinadas 7.223 crianças de dez e 11 anos, o que representa 16,20% do total planejado.

O estado de São Paulo ultrapassou os 160 mil casos de dengue e chegou a 44 mortes pela doença nesta quinta, como aponta o painel de monitoramento da SES. Além das vítimas confirmadas, outras 148 estão em investigação.

Até o momento, além de Guarulhos, foram registradas mortes em Bariri (2); Batatais (1); Bauru (1); Bebedouro (1); Boracéia (1); Bragança Paulista (1); Campinas (2); Franca (2); Iguape (1); Jacareí (2); Mairiporã (1); Marília (3); Matão (1); Mauá (1); Parisi (1); Pederneiras (3); Pindamonhangaba (2); Ribeirão Preto (2); São José dos Campos (1); São Paulo (2); Serrana (1); Suzano (1); Taubaté (4); Tremembé (1); e Votuporanga (1).

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

  • Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
  • Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
  • Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
  • Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
  • Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

  • Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
  • Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
  • Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
  • Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
  • Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.

Prevenção da dengue

Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.

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