Guarulhos: aeroporto será o 1º a receber reforço na segurança
Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, vai receber R$ 40 mi de programa de segurança do governo federal, lançado nesta quarta
atualizado
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São Paulo – Após a prisão na Alemanha de duas brasileiras que tiveram as etiquetas de bagagens trocadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o governo federal lançou, nesta quarta-feira (21/6), o programa Aeroportos+Seguros.
O terminal paulista será o primeiro a ser beneficiado com a instalação de novos equipamentos de raio-x, scanners corporais, mais câmeras na área de check-in, uso de detectores de líquidos e explosivos e reforço na inspeção de bagagens.
Em Guarulhos, serão instaladas novas câmeras de monitoramento; haverá a identificação com chave de acesso individualizada ao sistema de bagagem no terminal internacional do aeroporto; acesso biométrico de funcionários nas áreas restritas; oito aparelhos de detecção de explosivos; três novos scanners corporais e seis novos equipamentos de raios-x.
Também será implementado o acesso biométrico de funcionários nas áreas restritas e/ou controladas nos demais terminais; reforço no sistema de monitoramento; reforço de segurança na inspeção de passageiros; aumento da proteção e inspeção das bagagens despachadas. Essas mudanças serão implementadas gradativamente nos demais aeroportos.
Segundo disse o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, as medidas deverão ser adotadas em até 18 meses. E vão envolver investimentos de cerca de R$ 40 milhões no terminal.
O Metrópoles mostrou que o uso de celular e equipamentos com captação de imagens está proibido ou restringido em áreas do Aeroporto Internacional de São Paulo desde 1º de junho, conforme norma da Receita Federal (RFB).
Malas com drogas
Em março, as goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía tiveram as etiquetas das malas colocadas em outras bagagens, que continham cocaína, quando partiram para a Alemanha, onde foram presas injustamente por tráfico internacional. A Polícia Federal descobriu despachos criminosos de drogas em bagagens para a Europa comandados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
O esquema envolve desde motoristas de aplicativos a operadores do terminal, responsáveis por retirar as etiquetas das malas e colocá-las em outras. Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela PF mostraram “colaboradores” da organização tirando fotos e se comunicando dentro do terminal de cargas via celulares.
Imagens divulgadas em abril pela PF mostraram como funcionou o esquema com a troca das etiquetas das bagagens das goianas. O modus operandi exige que os funcionários cooptados utilizem aparelhos de celulares para se comunicarem com o grupo.
A identificação das bagagens delas foi colocada em outras duas malas carregadas de cocaína. Sem saber de absolutamente nada, elas foram detidas em Frankfurt, na Alemanha.
Veja a sequência: