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Grupo Silvio Santos empareda arcos e remove escada do Teatro Oficina

Arcos do Teatro Oficina foram emparedados pelo Grupo Silvio Santos nesta segunda (5/2); terreno é motivo de disputa há mais de 40 anos

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Reprodução/X/Teatro Oficina
Imagem mostra parede de tijolos emparedada - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra parede de tijolos emparedada - Metrópoles - Foto: Reprodução/X/Teatro Oficina

São Paulo — Integrantes do Teatro Oficina afirmam que foram surpreendidos nesta segunda-feira (5/1) com o fechamento dos arcos do beco pelo Grupo Silvio Santos. O bloqueio é mais um capítulo de uma batalha de mais de 40 anos entre o apresentador e o teatro de José Celso Martinez, morto em julho.

O terreno ao lado do Teatro Oficina foi comprado há décadas por Silvio Santos, com a intenção de construir um prédio no local. Zé Celso entrou na Justiça na tentativa de impedir a edificação e propôs que o espaço se tornasse o Parque do Rio Bixiga.

Além do emparedamento, foi removida, também nesta segunda-feira, uma escadaria de acesso ao teatro.

“Um fato novo foi anexado ao processo: a destinação de verba pelo MP [Ministério Público de São Paulo] e Poder Executivo para a desapropriação do terreno no entorno do teatro. Esse fato novo no processo já muda o jogo, e no entanto, o Grupo Silvio Santos em ação precipitada, atravessou o próprio processo legal”, afirmam os representates do teatro, em publicação no X (antigo Twitter).

Na publicação, os representantes do teatro dizem que o fechamento dos arcos do beco é ilegal. “Trata-se de violência simbólica e concreta contra patrimônio material e imaterial tombado nas 3 instâncias de proteção (municipal, estadual e federal)”, diz.

Os representantes do teatro afirmam também que estão sofrendo “uma retaliação política pela luta coletiva pela preservação do último chão de terra livre do centro da cidade de São Paulo das garra da especulação imobiliária”.

O que diz o Grupo Silvio Santos

Procurado na tarde desta segunda (5/1), o Grupo Silvio Santos disse que “só buscou reparar o estado original de nosso imóvel após longa e exaustiva discussão jurídica que reconheceu, nos autos do processo, que a referida escada nunca havia sido parte do tombamento do Teatro Oficina”.

Segundo o grupo empresarial, foi comprovado o direito, obteve-se a decisão favorável e foi cumprida a decisão judicial. “O correto teria sido a outra parte ter executado o reparo, mas, pela incapacidade financeira alegada, o Juízo entendeu que o GSS poderia fazê-lo”, afirmou, em nota. “Reforçamos que temos muito respeito pelo Teatro Oficina e esperamos que compreendam”, disse.

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