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Grupo de Nunes projeta fritura de ex-Rota para trocar vice até agosto

Aliados do prefeito Ricardo Nunes traçam estratégia de fritura contra Coronel Mello para abrir espaço a um nome de consenso na vaga de vice

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Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, prefeito de SP, homem branco, de cabelo e barba pretos, vestindo camisa branca, na tela a de um celular - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, prefeito de SP, homem branco, de cabelo e barba pretos, vestindo camisa branca, na tela a de um celular - Metrópoles - Foto: Marcelo Pereira/Secom

São Paulo — Aliados do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), projetam um processo de fritura contra o coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello Araújo (PL) para inviabilizá-lo como vice do emedebista mesmo com o anúncio de seu nome na chapa pela reeleição, marcado para esta sexta-feira (21/6).

A estratégia abriria espaço para a escolha de outro nome antes do fim do prazo para registro oficial da candidatura, em 15 de agosto.

Mello Araújo não conta com a simpatia de nenhum dos principais aliados do prefeito, segundo apuração do Metrópoles, mas será anunciado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político.

Há duas semanas, Bolsonaro e Tarcísio se encontraram e o ex-presidente pediu ao governador que indicasse o coronel ao prefeito, conforme antecipou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. O motivo foi a entrada do coach e empresário Pablo Marçal (PRTB) na disputa à Prefeitura. Nunes defendia que o vice fosse o ex-ministro Aldo Rabelo (MDB), seu secretário, que não topou a briga e decidiu permanecer no cargo.

Ainda em dezembro do ano passado, Bolsonaro havia condicionado seu apoio à candidatura de Nunes ao direito de indicar o nome do vice. Porém, na hora de efetivar a indicação, o nome de Mello Araújo não agradou nenhum outro aliado do prefeito — inclusive no partido do ex-presidente.

A aposta agora é que Mello, que foi comandante da Rota, a tropa de elite da PM, e dirigiu a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) na gestão Bolsonaro, além de não agregar votos, também não evitará que o crescimento de Marçal nas pesquisas — o coach é visto como uma ameaça à ida do de Nunes para o segundo turno.

Se esse cenário se confirmar, Mello Araújo será apontado como o culpado pela queda do prefeito nas pesquisas — Nunes tem aparecido empatado com o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na liderança da corrida.

Aliados de Nunes

A bancada do PL na Câmara Municipal, que tem seis vereadores fieis a Nunes, divulgou uma nota na quarta-feira (19/6) em que fez pressão pública contra a indicação do coronel.

O presidente da Câmara Municipal, o vereador Milton Leite (União), sugeriu que o militar da reserva não agrega votos. Deputados do PP que têm base eleitoral na Polícia Civil, corporação em histórica rixa com a PM, também disseram que não dividiriam palanque com Coronel Mello.

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Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro
Tarcísio assina acordo com o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin
Tarcísio de Freitas dá início à operação do Tatuzão nas obra da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo
Tarcísio e o prefeito da capital, Ricardo Nunes
Tarcísio de Freitas, na B3, durante leilão do Trecho Norte do Rodoanel
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O governador Tarcísio de Freitas, durante balanço de fim de ano, em 2023

Francisco Cepeda/Governo do Estado de SP
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Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro

Allan Santos/ PR
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Tarcísio assina acordo com o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin

Ricardo Stuckert / PR
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Tarcísio de Freitas dá início à operação do Tatuzão nas obra da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo

Francisco Cepeda/Governo de SP
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Tarcísio e o prefeito da capital, Ricardo Nunes

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Tarcísio de Freitas, na B3, durante leilão do Trecho Norte do Rodoanel

Governo do Estado de São Paulo
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Tarcísio de Freitas participa da Marcha para Jesus em São Paulo

Fabio Vieira/Metrópoles

A resistência dos aliados ao coronel passa pelo fato de ele ter comandado a Rota, grupo da PM com histórico de ações violentas, principalmente na periferia, o que poderia afastar o eleitorado das comunidades paulistanas. Eles também apontam uma má relação pessoal que Mello desenvolveu com alguns desses políticos enquanto dirigiu a Ceagesp — e a transformou o local em um enclave bolsonarista em São Paulo.

O acordo entre dirigentes dos 12 partidos que deverão estar na coligação de Nunes é que, caso a fritura do Coronel Mello dê resultados, a vaga da vice continuará com o PL e, possivelmente, será destinada a uma mulher. Também foi negociado que o União Brasil deve manter o controle sobre a presidência da Câmara Municipal, comandada há quatro anos por Milton Leite.

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