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Grupo ligado ao PCC acusado de pedir morte de policiais é alvo de ação

Justiça autorizou cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão na Baixada Santista. Grupo ligado ao PCC teria participado de 4 mortes

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Imagem colorida mostra carros de polícia antes de ação contra grupo ligado ao PCC no litoral de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra carros de polícia antes de ação contra grupo ligado ao PCC no litoral de São Paulo - Metrópoles - Foto: Divulgação/SSP

São Paulo — As polícias Civil, Militar e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagraram uma operação nesta terça-feira (1º/10) para desarticular uma ramificação do Primeiro Comando da Capital (PCC) que ordenava o assassinato de policiais da ativa e da reserva no Guarujá, litoral de São Paulo.

A Justiça autorizou o cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão em cidades da Baixada Santista — Guarujá, Cubatão, Praia Grande, Santos e São Vicente — e na capital paulista.

O grupo teria envolvimento em pelo menos quatro mortes de agentes em 2023, além de tentar instalar uma milícia na região para oferecer “segurança” aos comerciantes mediante pagamentos mensais.

Por meio de ameaças e ataques a lojas e comércios, os criminosos forçavam os empresários a desistirem de contratar seguranças particulares, na maioria das vezes policiais aposentados, para obter o serviço da organização criminosa.

A polícia identificou que o líder da quadrilha, que figurava entre o alto escalão do PCC, comandava o tráfico de drogas e de armas em uma comunidade na região de Vicente de Carvalho. Ainda em 2022, de acordo com a investigação, ele foi ao Rio de Janeiro para obter informações para implementar a milícia em bairros de Guarujá.

Desde então, o bando passou a atuar com vigilantes contratados com o objetivo de conseguir o monopólio da segurança de comércios de Guarujá. Além disso, desencadeou uma onda de homicídios contra policiais e agentes de segurança que já trabalhavam nesses locais como seguranças particulares. Para isso, o grupo organizou roubos e ataques contra estabelecimentos para ameaçar os comerciantes.

Acordo do PCC com políticos

Há suspeitas de que houve um “acordo” entre políticos e a liderança criminosa para conter a violência na região na época. O fato corroborou o envolvimento do bando em licitações fraudulentas na Câmara de Vereadores e na Prefeitura do município.

O avanço das investigações mostrou que o criminoso, proprietário de uma empresa de limpeza, venceu uma licitação com indícios de fraude da prefeitura de Guarujá para prestação de serviços em órgãos públicos. Em dois anos, o contrato gerou R$ 26,9 milhões à organização criminosa. Em março deste ano, o líder da milícia foi morto num ataque a tiros no município.

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