Gripe aviária: morador de Ubatuba que tocou em ave é identificado
Prefeitura de Ubatuba monitora homem que teve contato com ave silvestre contaminada com gripe aviária; foi o 1º foco da doença no estado
atualizado
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São Paulo – A Prefeitura de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, informou nesta terça-feira (6/6) que já localizou, identificou e está monitorando o morador da cidade que teve contato com uma ave silvestre diagnosticada com gripe aviária.
Foi o primeiro foco da doença no estado confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A ave silvestre da espécie Thalasseus maximus (trinta-réis-real) foi encontrada debilitada no centro de Ubatuba no último domingo (3/6). Um morador da cidade viu a ave cair e tocou no animal para socorrê-lo. Outros dois homens também teriam ajudado no resgate.
Segundo a prefeitura, o animal morreu com os sintomas suspeitos da gripe. O vírus foi confirmado nessa segunda-feira (5/6) após exame laboratorial.
A Vigilância Epidemiológica (Viep) de Ubatuba informou que as medidas de prevenção já foram instauradas na cidade, inclusive com a identificação e monitoramento das pessoas que tiveram contato com a ave contaminada.
A transmissão da influenza aviária para humanos se dá pelo contato direto ou indireto com aves infectadas ou suas secreções e, até o momento, não há registro de transmissão da doença de pessoa para pessoa.
Ao todo, em todo o país foram confirmados 24 focos em aves silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O aumento de casos levou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a declarar, em maio, estado de emergência zoosanitária no país.
No entanto, destaca o ministério, o Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial.
Parque da Água Branca
Desde a semana passada, o Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, está isolando suas cerca de 2 mil aves como medida de prevenção à gripe aviária. Nenhum caso da doença foi registrado no local.
As aves estão sendo transferidas para o Espaço Zootécnico, dentro do próprio parque. Duas áreas, que somam mais de 2.500 m², foram construídas e reformadas para abrigar e garantir o bem-estar das aves. O manejo preventivo é feito por tempo indeterminado.