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Greves no Metrô, CPTM e Sabesp tentam brecar privatizações de Tarcísio

Servidores das três empresas públicas organizam uma greve conjunta contra proposta de privatizações do governo Tarcísio de Freitas

atualizado

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Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho e de terno azul, falando ao microfone à frente de um painel com logotipos do governo de SP - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho e de terno azul, falando ao microfone à frente de um painel com logotipos do governo de SP - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo – Funcionários públicos do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp estão organizando uma greve conjunta para tentar brecar o plano de privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo. A paralisação está marcada para o dia 3 de outubro, na semana que vem.

Os sindicatos dos servidores do Metrô e da CPTM já aprovaram a paralisação, enquanto que os funcionários da Sabesp têm assembleia marcada para esta terça-feira (26/9), a fim de decidir se também entrarão em greve. A privatização da companhia de saneamento, considerada a “joia da coroa paulista”, é uma promessa de campanha de Tarcísio.

Ligados a partidos políticos de esquerda, como o PSol, os sindicalistas pretendem chamar a atenção para o que seriam impactos negativos das privatizações, como encarecimento dos serviços, e tentar demover Tarcísio da proposta – o governador já recuou de outras promessas de campanha, como a retirada de câmeras corporais dos uniformes de policiais militares.

Até a última sexta-feira (22/9), a equipe de Tarcísio não havia sido procurada por nenhuma das lideranças sindicais para tratar da greve, nem tinha enviado emissários para tentar dialogar com os sindicalistas. 

Um auxiliar de Tarcísio afirmou ao Metrópoles que greves motivadas por privatização não têm previsão legal, ao contrário de paralisações que servem como instrumento de pressão durante campanhas salariais, por exemplo.

Outro auxiliar disse que o governo deverá acionar a Justiça para evitar que as paralisações afetem os serviços prestados à população.

Em algumas greves, especialmente no caso do Metrô, a Justiça já chegou a determinar um percentual mínimo de operação que deve ser mantida nas paralisações – em março deste ano, porém, a Justiça negou um pedido desse tipo feito por Tarcísio.

Privatizações

Das três empresas envolvidas na manifestação, a Sabesp é a que tem processo de privatização mais avançado, embora ainda não haja nem data para lançar o processo nem clima político na Assembleia Legislativa (Alesp) para a aprovação da proposta.

O plano é fazer uma oferta adicional de ações no mercado (follow-on) destinada a atrair um acionista de referência, permitindo que um único agente privado detenha uma participação maior na companhia do estado responsável pelo abastecimento de água e pela coleta e tratamento de esgoto.

Tarcísio vem se empenhando em convencer prefeitos a aderir ao projeto. A Sabesp tem como clientes as prefeituras paulistas, e os contratos dos municípios preveem que muitos deles precisar aceitar a mudança, inclusive o da capital.

No caso do Metrô, os estudos de viabilidade econômica da privatização ainda estão em andamento. O governo contratou a empresa International Finance Corporation (IFC), uma consultoria ligada ao Banco Mundial, para estruturar a concessão.

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