Greve: usuários do metrô relatam corridas com dobro do preço em apps
Passageiros recorrem a aplicativos de corrida para tentar driblar greve dos metroviários, que paralisou totalmente 4 linhas do metrô
atualizado
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São Paulo – Usuários do metrô de São Paulo que buscam rotas alternativas para chegar ao trabalho nesta quinta-feira (23/3) relatam que aplicativos de corrida estão com viagens com o dobro do preço habitual, devido ao aumento na demanda.
As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha estão paralisadas devido à greve dos metroviários. Apenas as linhas 4-Amarela, 5-Lilás e as da CPTM estão funcionando.
A Prefeitura suspendeu o rodízio na cidade nesta quinta. Com isso, os veículos com placas 7 e 8 podem circular sem restrições.
No aplicativo 99 Táxi, uma corrida do Jabaquara até a Avenida Paulista, às 8h30, custava R$ 69. Havia a previsão de espera de 10 minutos por um motorista. Segundo usuários, viagem normalmente custa em torno de R$ 35.
No Uber, uma viagem da Santa Cecília, que custaria em torno de R$ 25 por volta das 7h30, estava custando R$ 65.
A funcionária doméstica Clívia de Souza, moradora de Guaianazes, comunicou a sua patroa que não conseguiria chegar ao trabalho, em Pinheiros, após checar o preço de uma corrida no Uber.
Por volta das 6h30, a viagem custava R$ 144. Clívia utiliza ônibus, metrô e trem para chegar ao trabalho e disse que só foi informada da greve nesta manhã. “Eu levo quase duas horas para ir trabalhar. Estava muito caro, não tinha o que fazer”, afirmou.
Beatriz Fernanda, moradora da Mooca, tinha um exame marcado para as 9h, na Avenida Paulista. Ela afirma que não sabia da paralisação e foi pega de surpresa nesta manhã. “Fui dormir cedo e só fiquei sabendo hoje de manhã”, afirmou.
Ao chegar na estação Bresser-Mooca, ela se deparou com uma fila de passageiros e decidiu pedir um Uber. Beatriz relata que teve que pagar R$ 80 para não perder o exame. Segundo ela, a viagem custaria normalmente entre R$ 35 e R$ 40.