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Greve em SP: capital amanhece com operação parcial nos trens e metrô

Cidade amanheceu com uma linha do metrô e uma da CPTM totalmente fechadas; as demais têm funcionamento parcial e com intervalos maiores

atualizado

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foto colorida de placa na estação Barra Funda do metrô que alerta para paralisação dos metroviários durante greve - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de placa na estação Barra Funda do metrô que alerta para paralisação dos metroviários durante greve - Metrópoles - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo — Mesmo com decisão judicial que garantia efetivo mínimo de metroviários e ferroviários durante a greve convocada por essas categorias, a terça-feira (28/11) amanheceu com pelo menos uma linha do Metrô e uma da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) totalmente fechadas em São Paulo. Às 5h30, três linhas do Metrô e duas da CPTM operavam parcialmente. Duas linhas de trens operam totalmente, mas com intervalos maiores.

Veja a situação neste momento:

Metrô
• Linha 1- Azul: funcionando de Tiradentes até Ana Rosa
• Linha 2- Verde: Ipiranga até Clínicas
• Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília
• Linha 15- Prata: fechada

CPTM
• Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de 8 minutos
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de 6 minutos
• Linha 12- Safira: funcionamento integral com intervalo de 8 minutos
• Linha 13- Jade: funcionamento integral com intervalo de 30 minutos

A greve, um protesto contra a política de privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), prometia parar as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho) do Metrô e a 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM. Juntas, essas linhas transportam, todos os dias, cerca de 4,2 milhões de passageiros.

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Acesso à CPTM na estação Itaquera em dia de greve em SP
Fila de passageiros à espera de ônibus no entorno da estação Itaquera do Metrô em dia de greve em SP
Placa na estação Barra Funda do metrô alerta para paralisação dos metroviários
Sindicalistas protestam na estação Barra Funda em dia de greve em SP; acesso ao metrô está fechado
Acesso fechado à estação Jabaquara do Metrô em dia de greve em SP
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Portão de acesso à linha 3 vermelha fechado na Estação Itaquera do Metrô em dia de greve em SP

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Acesso à CPTM na estação Itaquera em dia de greve em SP

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Fila de passageiros à espera de ônibus no entorno da estação Itaquera do Metrô em dia de greve em SP

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Placa na estação Barra Funda do metrô alerta para paralisação dos metroviários

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Sindicalistas protestam na estação Barra Funda em dia de greve em SP; acesso ao metrô está fechado

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Acesso fechado à estação Jabaquara do Metrô em dia de greve em SP

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Movimento de passageiros em frente à estação Jabaquara, fechada em dia de greve em SP

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Acesso fechado à estação Jabaquara do Metrô em dia de greve em SP

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Ponto de táxi lotado na estação Itaquera em dia de greve do Metrô e da CPTM

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Funcionamento parcial da CPTM na estação Barra Funda em dia de greve em SP

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Ponto de ônibus lotado no entorno da estação Jabaquara em dia de greve em SP

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Ponto de ônibus lotado no entorno da estação Jabaquara em dia de greve em SP

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O número não considera as linhas privatizadas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, além da 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, que estão operando normalmente nesta terça-feira (28/11).

Passageiros se queixam

O pedreiro Acelino Manoel de Lima, de 46 anos, saiu da Brasilândia às 4h30 para tentar chegar às 6h20 ao serviço, no Sacomã. Na metade do caminho, ao chegar à estação Barra Funda, da Linha 3-Vermelha, se deparou com a paralisação e decidiu voltar para casa.

“Os meninos comentaram que ia ter a greve, mas a gente tinha que arriscar. Peguei dois ônibus para chegar da Brasilândia até aqui. Daqui eu ainda ia pegar a linha vermelha, a linha azul e a linha verde. É melhor voltar para casa. De ônibus vai demorar muito, não vale a pena”, afirmou.

Chagas Ferreira Barbosa, de 23 anos, que também trabalha na construção civil, não conseguia falar com seu chefe, nas primeiras horas da manhã, sobre a dificuldade para chegar ao trabalho. Ele diz não saber como fazer para chegar ao trabalho, em Santo Amaro, sem passar pelo Metrô.

“Meu chefe estava sabendo, mas mandou eu vir. Tá aí, tudo fechado. Estou tentando falar com ele aqui, já mandei vídeo até”, diz ele. “Se eu for ter que pegar ônibus, não sei nem qual é a rota. Vou fazer uma rota que eu nem sei”, completou.

Esquema especial

A Prefeitura de São Paulo montou um esquema especial com 100% da frota de ônibus operando o dia todo, além do reforço de mais 200 veículos nas ruas. A medida, contudo, não deu conta da demanda. Nos principais terminais de ônibus da cidade, passageiros enfrentam longas filas para poder embarcar.

Além da operação especial, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decretou ponto facultativo e suspendeu o rodízio de veículos.

O governo do estado também havia decretado ponto facultativo com o objetivo de minimizar os impactos da paralisação. Segundo Tarcísio, o aumento da frota de ônibus na cidade não deve ser suficiente e os paulistanos devem enfrentar um caos nesta terça-feira.

“Não é possível substituir um sistema de transporte de alta capacidade por ônibus. Você pode colocar a quantidade de ônibus que for. Vai ser caos, vai ser sofrimento, as pessoas vão sofrer, vão levar horas para chegar em casa, vão ficar cansadas”, disse o governador.

Tarcísio disse, ainda, que o Estado irá identificar nominalmente os grevistas. A ideia da administração estadual é “sancionar” aqueles que descumprirem a decisão judicial de segunda-feira (27/11) que garante percentual mínimo operação de 80% e 85%, respectivamente, no Metrô e na CPTM.

“Os sindicatos se dão ao direito de desrespeitar as decisões do Judiciário. Ou seja: para eles, a decisão do Judiciário não vale nada, porque não têm o risco do descumprimento da decisão. O Judiciário multa, o sindicato não paga a multa, não tem dinheiro para pagar e fica por isso mesmo. E eles se abrigam na coletividade”, afirmou Tarcísio.

Na greve unificada do dia 3 de outubro, trabalhadores do Metrô e da CPTM desobedeceram a determinação judicial, sob o argumento de que a decisão fere o direito de greve. Os metroviários foram multados em R$ 2 milhões — o governo do estado pede mais R$ 7,1 milhões pelos prejuízos causados. A categoria está recorrendo.

Provão Paulista

anúncio da greve unificada fez com que o governo do estado adiasse, na última sexta-feira (24/11), a realização do Provão Paulista — as provas aconteceriam nesta terça (28/11) e quarta-feira (29/11).

O Provão é o novo formato de vestibular que será aplicado para estudantes das 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio de forma seriada. Além de atrapalhar o deslocamento dos alunos, a greve tem a adesão dos professores, que seriam os responsáveis por aplicar as provas.

 

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