Greve em SP: fiscais da SPTrans se desdobram e salvam manhã de caos
Fiscais da SPTrans foram “heróis” da população em dia marcado pela greve do Metrô e da CPTM; veja quais linhas foram afetadas
atualizado
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São Paulo – A equipe de fiscais da SPTrans, empresa que gerencia o transporte público de ônibus em São Paulo, teve trabalho dobrado para organizar o fluxo de passageiros dos coletivos municipais durante a greve dos transportes na manhã desta terça-feira (3/10).
Na Estação Corinthians-Itaquera, da Linha 3-Vermelha, zona leste da capital, o ponto de ônibus da Avenida Radial Leste começou a ficar cheio por volta das 5h.
Os letreiros dos ônibus não informavam o destino correto de cada linha, que tiveram o trajeto parcialmente alterado para atender as estações da Linha 3-Vermelha do Metrô.
As frotas receberam orientação para seguir até o Terminal Parque Dom Pedro, que fica na região central. Com gestos e gritos, os fiscais indicavam à população quais ônibus passariam em seus destinos, inclusive direcionando para outros pontos do terminal.
Dúvidas dos passageiros
Na zona sul da cidade, os funcionários da SPTrans também tiveram papel fundamental na organização dos passageiros em frente ao Terminal do Jabaquara.
Usuários do Metrô que não sabiam como chegar ao trabalho de ônibus se amontoavam ao redor dos funcionários em busca de ajuda.
Em geral, a maior parte dos passageiros perguntava como chegar ao centro da capital e às estações Vergueiro e Ana Rosa que, assim como o Jabaquara, são atendidas pela Linha 1-Azul.
Ana Maria foi uma das pessoas que procuraram os fiscais. “Eu sempre vou de Metrô, então estou bem perdida. Eles ajudam bastante”, disse Ana, que trabalha na região da Avenida Nove de Julho, no Itairm Bibi, zona oeste da cidade.
Outro passageiro que pediu ajuda aos funcionários foi Wylde Moreira. Recém-chegado de uma viagem à praia, ele disse que não sabia da greve e pediu ajuda para chegar ao Tatuapé, na zona leste. “Se não fossem eles, a gente ficaria totalmente perdido”, disse Wylde.
Além de orientar os passageiros com relação aos destinos, os fiscais também ajudaram a organizar o embarque em veículos mais lotados e sinalizavam o melhor local de parada para os ônibus.
Linhas fechadas
A greve desta terça-feira fechou quatro linhas do Metrô e três da CPTM. Apenas duas linhas da CPTM operaram parcialmente (7-Rubi e 11-Coral). As linhas de metrô e trem concedidas à iniciativa privada funcionam normalmente.
A paralisação foi marcada em protesto contra o plano de concessões e privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e tem adesão de funcionários da Sabesp, a companhia estadual de abastecimento de água e coleta de esgoto.
De acordo com o governo do estado, até pelo menos 10h30, o Metrô e a CPTM funcionavam da seguinte forma:
Metrô
• Linha 1- Azul: fechada
• Linha 2- Verde: fechada
• Linha 3-Vermelha: fechada
• Linha 15- Prata: fechada
CPTM – em operação parcial desde às 5h
• Linha 7- Rubi: de Caieiras a Luz
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: de Guaianases a Luz
• Linha 12- Safira: fechada
• Linha 13- Jade: fechada
Segundo o governo, as seguintes integrações estão abertas nesta manhã: Linha 7-Rubi na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante; Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela. As transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1-Azul, na Luz, continuam fechadas.
As linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, 4-Amarela e 5-Lilás, de metrô, e 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trem, estão operando normalmente. Ainda assim, a expectativa é que a paralisação provoque caos no trânsito da cidade.
Juntos, Metrô e CPTM transportam, todos os dias, cerca de 4,2 milhões de passageiros, considerando apenas as linhas administradas pelas duas estatais e que devem ter a operação afetada pela greve.
Por causa da greve, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio nesta terça-feira para veículos com placas finais 3 e 4. Com isso, os carros poderão circular normalmente entre 7h e 10h e entre 17h e 20h. Continuam valendo o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as restrições de caminhões e fretados nas zonas máximas de circulação.