Greve em SP é encerrada; trem e metrô voltam a funcionar nesta 4ª
Categoria também rejeitou proposta da diretoria do Sindicato dos Metroviários para marcar uma nova greve na próxima semana
atualizado
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São Paulo – Os metroviários de São Paulo decidiram, na noite desta terça-feira (3/10), encerrar a greve de 24 horas na capital paulista. Com isso, as linhas do Metrô voltam a funcionar normalmente na quarta-feira (4/10). Antes, os funcionários da CPTM, responsável por operar as linhas de trem, já haviam resolvido não dar sequência à paralisação.
A assembleia foi realizada no Sindicato dos Metroviários, e a votação terminou às 21h. Na ocasião, a categoria também se opôs a agendar uma nova greve para a próxima semana, contra o plano de concessões e privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que havia sido proposta pela diretoria do sindicato.
Presidente do sindicato, Camila Lisboa era favorável a encerrar a paralisação no Metrô e pautar uma nova greve da categoria já na próxima terça-feira (10/10), com assembleia na véspera. A proposta, no entanto, foi parcialmente rejeitada pela categoria. Segundo a entidade, ao todo, 2,9 mil pessoas votaram.
“O sindicato acata a decisão da maioria da categoria. É democracia”, disse Camila Lisboa. “A luta contra as terceirizações e as privatizações continua.”
Greve conjunta
A greve desta terça foi realizada em conjunto com os ferroviários e funcionários da Sabesp. As outras duas categorias, no entanto, já haviam estabelecido que só cruzariam os braços por 24 horas, motivo pelo qual não fizeram nova assembleia.
A paralisação fechou quatro linhas do Metrô e três da CPTM. Outras duas operaram parcialmente (7-Rubi e 11-Coral).
A pedido do Metrô, a Justiça do Trabalho havia determinado o funcionamento de 100% dos serviços no horário de pico — das 6h às 9h e das 16h às 19h — e de 80% nos demais horários, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 500 mil. A medida foi desrespeitada, e paulistanos esperaram até 1h40 por ônibus.
Com a possibilidade de a greve continuar, o desembargador Celso Ricardo Furtado de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), havia determinado multa de R$ 2 milhões ao sindicato, caso a medida judicial fosse descumprida de novo.
As estações que foram afetadas pela paralisação só vão reabrir na manhã de quarta-feira (4/10), de acordo com o sindicato.