Greve do Metrô: Justiça determina operação normal em horário de pico
Metroviários anunciaram paralisação para esta quarta-feira (22/5); categoria terá nova assembleia para debater greve na noite desta terça
atualizado
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São Paulo – O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou que os funcionários do Metrô trabalhem com 100% do efetivo durante os horários de pico nesta quarta-feira (21/5), apesar da greve anunciada pela categoria para a data.
Segundo a decisão do desembargador Davi Furtado Meirelles, os empregados devem seguir a escala tradicional de trabalho para o dia entre 6h e 9h e entre 16h e 19h, quando o movimento nas linhas costuma ser maior.
Nos demais horários, pelo menos 50% dos funcionários devem comparecer aos postos de trabalho.
A decisão, assinada na última sexta-feira (17/5), atende parcialmente ao pedido do Metrô, que solicitava 100% da operação nos horários de pico e 80% no resto do dia.
O desembargador determinou ainda o pagamento de uma multa de R$ 100 mil caso o Sindicato dos Metroviários ou o próprio Metrô crie obstáculos ao acesso dos trabalhadores, ou atrapalhe o acesso dos vagões nas vias e nos pátios.
Audiência e assembleia
Os metroviários e a companhia estatal devem participar de uma audiência de conciliação nesta terça-feira (22/5), às 16h, para discutir as reivindicações da categoria.
Na sequência, às 18h, os funcionários participam de uma assembleia para definir os detalhes da paralisação. O resultado será divulgado às 22h.
Os metroviários estão em campanha por um reajuste salarial e afirmam que o Metrô não apresentou proposta nas reuniões de negociação feitas até o momento. O grupo também exige a recontratação de servidores demitidos na última greve e abertura de concursos públicos para novas admissões.
Em 2023, a categoria realizou quatro paralisações, a maior parte em protesto contra os projetos de privatização do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em duas das greves de 2024, os metroviários se juntaram aos movimentos de ferroviários e empregados da Sabesp, que também se manifestavam contra a possibilidade de concessão das empresas para a iniciativa privada.