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Granada que explodiu na mão de menino foi encontrada após ação da PM

Segundo a SSP, adolescente achou a granada na sexta-feira (18/10), na Avenida Castelo Branco, após ação da PM para controle de distúrbio

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Segundo a SSP, jovem achou a granada na sexta-feira (18/10), na Avenida Castelo Branco, após ação da PM para controle de distúrbio - Metrópoles
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São PauloA granada que explodiu na mão de um menino de 13 anos nesse domingo (20/10), em Bauru, no interior de São Paulo, foi encontrada pelo jovem na Avenida Castelo Branco, na sexta-feira (18/10), após uma ação da Polícia Militar (PM) para controle de distúrbio.

No mesmo dia e local, moradores da região estavam fazendo um protesto por causa de uma intervenção policial que havia acontecido na quinta-feira (17/10). Na ocasião, dois jovens, de 18 e 21 anos, morreram depois de entrar em conflito com agentes da PM.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, tráfico de drogas, associação para o tráfico, localização/apreensão de objeto e tentativa de homicídio pela Delegacia Seccional de Bauru.

No velório dos jovens, policiais militares agrediram amigos e familiares ao lado do caixão. Em imagens que estão circulando nas redes sociais (veja abaixo), é possível ver os policiais tentando imobilizar um homem de camiseta branca, irmão do rapaz morto. Ele é abraçado pela mãe, que tenta impedir a abordagem. Nesse momento, os PMs começam a agredir as pessoas que se aproximam com golpes de cassetete — inclusive, mulheres. Um dos PMs foi afastado das atividades operacionais.

Veja:

A manifestação dos moradores do bairro Jardim Ouro Verde aconteceu depois desses dois episódios: a ação em que os dois jovens foram mortos e “invasão” do velório. Em imagens divulgadas nas redes, é possível ver que os civis estavam queimando pneus e levantavam placas pedindo por Justiça.

Veja:

O menino de 13 anos ficou ferido após a explosão da granada. O artefato disparou dentro de sua residência e ele foi encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

De acordo com a SSP, um inquérito foi instaurado pela PM para investigar o caso. O 1º Distrito Policial de Bauru também vai apurar o ocorrido.

Relembre o caso

Na quinta-feira, Guilherme Alves Marques de Oliveira, de 18 anos, e Luis Silvestre da Silva Neto, de 21, morreram após entrarem em confronto com policiais militares na Rua João Camillo, em Bauru. Os agentes estavam realizando uma operação na Comunidade do Jardim Vitória.

Segundo a polícia, os jovens teriam atirado contra a equipe policial e foram atingidos após a intervenção dos PMs. As mortes foram constatadas no local. Com eles, foram localizados e apreendidas porções de entorpecentes e as armas que eles usavam. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial.

Na sexta-feira, durante o velório de Guilherme e de Luís, policiais militares teriam agredido pessoas que estavam ao lado do caixão. De acordo com o boletim de ocorrência, a presença da PM exaltou os ânimos de amigos e familiares ali presentes e o tumulto foi generalizado.

Em certo momento, um dos agentes deu voz de prisão a um dos presentes por desacato e houve contenção física, já que o homem, segundo o PM, estava resistindo à voz de prisão e não queria se identificar. Outro homem presente no velório também teria praticado desacato e foi encaminhado à delegacia.

Após os acontecimentos, moradores do Jardim Vitória fizeram protestos na Avenida Castelo Branco. No domingo (20/10), uma granada explodiu na mão do menino de 13 anos em sua residência, no Jardim Vitória. Segundo a SSP, o artefato havia sido encontrado pelo jovem na sexta-feira, na mesma avenida onde a manifestação havia acontecido, “onde ocorreu uma ação da PM para controle de distúrbio”.

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