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Governo Tarcísio pede que chefão do PCC fique no DF: “Risco de fuga”

Condenado por coordenar ações do PCC em diversos estados do Brasil, Reginaldo do Nascimento, o Jatobá, pode voltar para SP em janeiro

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Reprodução de foto de Jatobá. Ele é um homem calvo e está com rouba de presidiário - Metrópoles
1 de 1 Reprodução de foto de Jatobá. Ele é um homem calvo e está com rouba de presidiário - Metrópoles - Foto: Reprodução/MPSP

São Paulo – A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) paulista pediu nessa quarta-feira (29/11) que a Justiça mantenha o preso Reginaldo do Nascimento, o Jatobá, um dos chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), no sistema penitenciário federal. Atualmente, ele está na Penitenciária Federal de Brasília.

Com extensa ficha criminal e líder da chamada “Sintonia dos Estados e Países”, a célula do PCC responsável por ações da facção criminosa fora de São Paulo, Jatobá está no sistema penitenciário federal desde fevereiro de 2019 e a sua permanência em prisão de segurança máxima tem sido renovada desde então. O prazo da última decisão, no entanto, acaba no dia 23 de janeiro de 2024.

Em ofício protocolado agora na Justiça, obtido pelo Metrópoles, o secretário Marcello Streifinger, titular da SAP, alega que Jatobá “tem grande poder de decisão e atuação” no PCC e solicita a renovação do prazo por mais 360 dias.

Nele, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) cita, ainda, que o eventual retorno do preso para uma cadeia de São Paulo representaria “considerável risco de fuga” e “o colocará de volta às atividades criminais que sempre desempenhou”.

A permanência no sistema federal também recebeu parecer favorável da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Ataques

Condenado a mais de 30 anos de prisão, o chefão do PCC coleciona passagens criminais por roubo, tráfico de drogas, formação de quadrilha e extorsão mediante sequestro. O grande trunfo da pasta para mantê-lo em regime de segurança máxima, no entanto, é uma sentença recente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Em outubro, o TJSP condenou Jatobá e outras seis lideranças da facção por coordenar ataques em todos os estados do Brasil, por meio de cartas enviadas a partir da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista. O esquema foi descoberto em 2017.

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"Estamos com ódio e vamos pegar o diretor da unidade", diz carta sobre cadeia em Roraima
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Líderes coordenam ação do PCC fora de São Paulo

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"Estamos com ódio e vamos pegar o diretor da unidade", diz carta sobre cadeia em Roraima

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Carta trata de autorização para matar um homem que assassinou um integrante do PCC no Paraná

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Carta diz que PCC quer a morte de diretor de cadeia em Roraima

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Cartas escritas por lideranças tratavam de ações do PCC em todos os estados do Brasil

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Cartas de chefões do PCC foram encontradas em cadeia do interior de SP

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“Essas ordens de coordenação da célula de facção criminosa, partindo de presídio de segurança máxima, abala a segurança interna, em evidente subversão da ordem e disciplina do sistema prisional paulista, estimulando outros presos a delinquir”, escreveu o secretário.

“Eis o porquê de ter sido o preso transferido para o sistema federal, assim como o motivo da necessidade de sua permanência no mesmo”, completa.

Presídio Federal

No sistema federal, Jatobá já passou por três das cinco unidades de segurança máxima. O seu primeiro destino, em 13 de fevereiro de 2019, foi a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.

Oito meses depois, Jatobá seria transferido para Brasília, onde passou a parte do tempo encarcerado junto com outros membros da alta cúpula e do líder máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Em agosto de 2023, ele chegou a ser levado para Mossoró (RN), mas retornou à capital federal em 16 de novembro.

Segundo a Senappen, informações de inteligência indicam que o preso “permanece vinculado” ao PCC, integra “a cúpula da facção” e representa “altíssimo grau de periculosidade”.

“Destaca-se que informações reiteradas apontam o planejamento por parte da facção paulista para resgatar lideranças criminosas do sistema penitenciário federal”, diz o parecer do órgão. “Desse modo, o retorno de Reginaldo do Nascimento ao sistema prisional estadual pode representar considerável risco de fuga e vulnerabilizar a segurança do estado de origem.”

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