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Governo Tarcísio demite fiscal por propina de R$ 1 mi em churrascaria

Auditor fiscal Gilson Bicego também foi condenado criminalmente por receber propina de um frigorífico que sonegou R$ 32 milhões em impostos

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1 de 1 Foto colorida da fachada do prédio da Secretaria da Fazenda de São Paulo - Metrópoles - Foto: Divulgação/Governo de SP

São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) demitiu o auditor fiscal Gilson Bicego após condenação em um processo administrativo que apurou denúncia de recebimento de propina de R$ 1 milhão para não multar um frigorífico que sonegou R$ 32 milhões em impostos. O suposto acerto da propina teria sido feito em uma churrascaria em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

A demissão a bem do serviço público foi publicada no Diário Oficial do estado na última quinta-feira (14/11), pelo secretário da Fazenda paulista, Samuel Kinoshita.

Bicego foi alvo da Operação Cadeia Alimentar, deflagrada em abril de 2018, para investigar o episódio. O empresário suspeito de pagar propina aos fiscais é Geraldo Zana, dono do frigorífico Mult Beef. Ao lado do empresário e de outros dois fiscais, Roberto Kazuo e Martins Tesuo, ele foi condenado pelo crime de corrupção em segunda instância em 2023.

O caso foi revelado pela delação premiada de Zana, que admitiu o pagamento de propina aos fiscais. No processo administrativo disciplinar, o contador do empresário foi quem contou ter sido enviado à reunião com os fiscais da Fazenda estadual na churrascaria Cochila dos Pampas, no interior paulista, para o acerto de R$ 1 milhão em propina.

Segundo o relato do contador Valmir Ferrato, em uma primeira reunião, Zana teria oferecido aos fiscais uma casa de R$ 850 mil e terras em Goiás. Os fiscais recusaram e disseram que só receberiam o valor em dinheiro. Ele, então, conseguiu ajustar o parcelamento da propina, paga até 2013. Um motorista da Mult Beef levava o delator para as entregas de dinheiro.

A Operação Cadeia Alimentar chegou a prender o empresário pela suspeita de fraudes em licitações da merenda escolar em 32 municípios paulistas. Ele já era investigado, àquela altura, por pagamento de propina a fiscais da Fazenda de São Paulo.

O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa de Gilson Bicego neste sábado (16/11). O espaço segue aberto para manifestação.

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