metropoles.com

Governo Tarcísio defendeu que Ronnie Lessa fosse a “presídio do PCC”

O Metrópoles apurou que, por ser de grande periculosidade, Lessa deveria ir para o presídio de Presidente Venceslau. segundo gestão Tarcísio

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Foto colorida do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa acusado de participar dos assassinatos de Marielle e Anderson - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa acusado de participar dos assassinatos de Marielle e Anderson - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) tentou fazer com que Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fosse para o presídio de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.

Lessa está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), mas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será transferido para o Complexo Penitenciário de Tremembé, também no interior paulista, conhecido como “presídio dos famosos”.

A transferência foi autorizada após pedido da defesa de Lessa, observadas as regras de segurança do estabelecimento prisional, mediante “monitoramento das comunicações verbais ou escritas do preso com qualquer pessoa estranha à unidade penitenciária, inclusive com monitoramento de visitas, enquanto não encerrada a instrução processual em curso no Inq. 4.954/RJ”.

Após a decisão de Alexandre de Moraes, o governo de São Paulo alegou que Tremembé não comporta um preso como Ronnie Lessa. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, o presídio, conhecido por receber condenados por crimes de grande repercussão, não é de segurança máxima.

Porém, Lessa seria de grande periculosidade pelo seu envolvimento com as milícias no Rio de Janeiro. Então, a pasta recomendou a transferência dele para o presídio de Presidente Venceslau, uma unidade de segurança máxima.

Ainda assim, segundo apuração do Metrópoles, o ministro Alexandre de Moraes decidiu pela transferência do assassino confesso de Marielle Franco para São Paulo. Então, o governo paulista optou por levar Ronnie Lessa para a chamada P1, a penitenciária “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, um presídio de segurança máxima onde estão presos “comuns”, uma ala de Tremembé mais preparada para receber detentos com uma periculosidade maior.

O local é conhecido como presídio do Primeiro Comando da Capital (PCC) porque abriga as lideranças da facção que não foram transferidas para o sistema penitenciário federal.

Já o chamado “presídio dos famosos” é a Penitenciária 2 “Dr. José Augusto Salgado”, conhecida como P2, onde estão Robinho e o empresário Fernando Sastre Filho, o motorista do Porsche que bateu na traseira do carro do motorista de aplicativo Ornaldo Viana e o matou no dia 31 de março.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) diz que cumprirá a decisão judicial e efetuará a admissão do detento no sistema prisional paulista.

Delação premiada

Moraes, na mesma decisão, expedida nesta sexta-feira (7/6), ainda determinou o levantamento do sigilo do acordo de delação premiada de Ronnie Lessa com a Polícia Federal.

4 imagens
Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes
Ronnie Lessa é réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco
Casa de Ronnie Lessa
1 de 4

Ronnie Lessa foi preso em 2019 por matar Marielle Franco

Reprodução
2 de 4

Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes

Reprodução
3 de 4

Ronnie Lessa é réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco

Reprodução
4 de 4

Casa de Ronnie Lessa

Imagem cedida ao Metrópoles

O ministro destacou que os “benefícios previstos na colaboração premiada dependem, obviamente, da eficácia das informações prestadas, uma vez que trata-se de meio de obtenção de prova, a serem analisadas durante a instrução processual penal”. O magistrado considerou que isso não impede que a transferência seja realizada de forma provisória.

Marielle Franco era vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSol. Ela foi baleada à queima-roupa depois de participar de um evento público na capital carioca. O carro em que Marielle estava foi atingido por 13 tiros, que também mataram o motorista Anderson Pedro Gomes e feriram uma assessora da política.

O caso chegou ao Supremo depois de suposto envolvimento de autoridade com foro privilegiado.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?