Governo publica edital para conceder 3 linhas da CPTM ao setor privado
Leilão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM e do serviço expresso aeroporto está marcado para o dia 28 de março de 2025 na Bolsa de Valores
atualizado
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São Paulo — O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou nesta terça-feira (3/12) o edital da licitação das linhas 11-Coral, 12-Safira, 13-Jade e do serviço expresso aeroporto, da Companhia de Trens Metropolitanos do Estado de São Paulo (CPTM).
O documento prevê R$ 13,9 bilhões de investimento ao longo dos 25 anos de concessão, que passará a administração e operação do chamado “Lote Alto Tietê” para o setor privado.
Esse valor deve ser direcionado para a construção de novas estações e reforma das já existentes, além da ampliação das linhas, melhorias na rede aérea, via e sinalização.
As propostas das empresas e consórcios interessados serão abertas em leilão no dia 28 de março de 2025, na sede da Bolsa de Valores (B3).
Ao estabelecer a Parceria Público-Privada (PPP), o governo pagará para que o setor privado se responsabilize pela prestação do serviço nessas linhas. Portanto, a empresa ou o consórcio que oferecer o maior desconto para o estado vencerá a licitação.
Pelo projeto, a Linha 11-Coral será expandida até a estação Barra Funda, terá quatro quilômetros a mais ligando a estação Estudantes até César de Souza, e serão criadas quatro novas estações. Para a Linha 13-Jade, são previstas dez novas estações.
As linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade ligam, respectivamente, o centro da cidade de São Paulo à Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, e ao Aeroporto de Guarulhos.
No último caso, o decreto de licitação também inclui o serviço expresso aeroporto. O prazo de concessão é de 25 anos e terá fiscalização sob responsabilidade da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Desde 2022, duas linhas do serviço de trens de São Paulo já estão sob gestão da iniciativa privada, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.
Elas são de responsabilidade da Via Mobilidade, empresa que também opera as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô. No caso linha 9-Esmeralda, a operação da empresa é alvo de reclamações constantes dos usuários devido à superlotação de trens e atrasos na prestação de serviços.