Governo prevê mesma tarifa da balsa para o túnel Santos-Guarujá
Travessia de túnel que ligará Santos ao Guarujá deve durar 1 minuto e meio e terá cobrança de pedágio sem barreiras físicas
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O edital do projeto para construção do túnel que ligará Santos ao Guarujá, no litoral paulista (imagem em destaque), prevê tarifa semelhante à cobrada atualmente para a travessia feita por meio de balsa entre as duas cidades.
No documento, que é público e consta no portal da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o valor base sugerido é o de R$ 6,15, considerando o cenário de março de 2023, mas que deve ser reajustado de acordo com a inflação.
A previsão é que o pedágio seja feito por meio do sistema automático livre, também chamado de “free flow”, no qual o veículo não precisa passar por um bloqueio físico. A cobrança é feita por meio da leitura de uma etiqueta eletrônica ou da placa do automóvel.
Segundo o edital, caso o túnel Santos-Guarujá tivesse iniciado suas operações, as tarifas seriam cobradas da seguinte forma:
Túnel promete rapidez
O projeto prevê que o túnel seja uma ligação seca entre Santos e Guarujá, permitindo o deslocamento de pedestres, bicicletas e veículos. A expectativa é de que a travessia seja feita em 1 minuto e meio de carro.
Atualmente, o trajeto é feito por meio do transporte de balsa ou pela Rodovia Piaçaguera-Guarujá. Dependendo do tamanho a da fila da balsa ou mesmo do trânsito, o translado pode demorar mais do que uma hora.
De acordo com o governo federal, será o primeiro túnel imerso da América Latina. A obra terá 860 metros entre as margens (incluindo embocaduras) e ficará sob o fundo do canal a uma profundidade de 21 metros.
Ao menos 150 mil pessoas devem circular diariamente pelo túnel, segundo as autoridades. O governo também acrescentou que a obra deve dar mais segurança às embarcações que escalam o porto santista para realizar operações.
Parceria entre governos
A obra pública tem custo estimado de R$ 6 bilhões e será construída por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
O governo paulista e o governo federal investirão R$ 2,7 bilhões cada, utilizando recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), enquanto outros R$ 600 milhões serão investidos por um parceiro privado.
O convênio entre os governos estadual e federal foi assinado no início de fevereiro e prevê que a obra, esperada há quase 100 anos, fique pronta até 2028. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) estima que o leilão ocorra até o fim do 1º trimestre de 2025.