Governo Lula libera R$ 10 bi para obras de Tarcísio: “O maior cheque”
Governo federal anuncia liberação de R$ 10 bilhões em recursos do PAC para o trem SP-Campinas e a ampliação da linha 2-Verde do Metrô
atualizado
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São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) esteve em Brasília nessa terça-feira (12/12), posou para fotos ao lado do adversário político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e discursou em cerimônia no Palácio do Planalto para marcar a liberação de R$ 10 bilhões em empréstimos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras em São Paulo.
Os empréstimos haviam sido anunciados no fim de setembro, mas só agora houve a cerimônia para oficializar as transferências. Elas serão feitas por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os R$ 10 bilhões enviados a São Paulo representam quase um terço dos R$ 32,1 bilhões anunciados por Lula para os Estados. Por isso, ao discursar, Tarcísio ainda brincou com o adversário político, dizendo que Lula o havia convidado para falar porque havia recebido “o maior cheque”.
Do total de dinheiro, R$ 6,4 bilhões serão repassados para o projeto do trem entre a capital e Campinas. O Trem Intercidades, nome do projeto, tem custo total estimado em R$ 13,5 bilhões e será feito por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com leilão marcado para fevereiro. O governo paulista deve arcar com R$ 8,5 bilhões do custo total de investimento.
Linha 2-Verde do Metrô
Os R$ 3,6 bilhões restantes do pacote do BNDES serão injetados nas obras, já em andamento, de prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô, de Vila Prudente, atual ponto final do ramal, na zona leste da capital, até a Estação Penha, promovendo a ligação da linha 2 com a Linha 3-Vermelha, a mais lotada da cidade, e a Linha 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O prolongamento, que está sendo escavado com um tatuzão, terá 8,2 km de extensão e mais oito estações.
“A gente fica muito satisfeito de ver esses projetos viabilizados. O PAC é o instrumento para isso”, disse Tarcísio. “Projetos que vão gerar a compra de material de construção, vão movimentar o comércio, vão movimentar indústria e vão gerar empregos”, continuou.
O governador disse, ainda, que lhe restava, “por dever de justiça, fazer o agradecimento a essa liberação” de recursos.
Já Lula fez um discurso que buscou ressaltar o aspecto republicano do BNDES ao conceder crédito a governadores indistintamente. Sem citar Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente aliado de Tarcísio, criticou gestões anteriores pela condução dos trabalhos no banco.
“O ente federativo foi quase destruído nesse país. Eu nunca concebi alguém querer administrar um país do tamanho do Brasil, com 27 estados e com quase 6 mil municípios, sem levar em conta a existência destes entes federados”, disse Lula, que destacou que era preciso conversar com aqueles que também governam.
Lula ainda citou outras obras públicas paulistas que podem receber recursos federais, mencionando a proposta de construção de um túnel entre Santos e Guarujá, no litoral paulista.