Governo diz que vazamento do Provão Paulista não prejudicou estudantes
Comissão criada pelo governo para apurar o vazamento constatou que houve um erro na distribuição das provas
atualizado
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São Paulo – O secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, afirmou nesta sexta-feira (26/1) que a comissão criada para apurar o vazamento do Provão Paulista constatou que houve um erro na distribuição das provas.
O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) constatou que três escolas paulistas receberam as provas com o tema da redação do Provão Paulista um dia antes da realização.
Ainda assim, o executivo estadual decidiu que não houve fraude ou prejuízo aos demais estudantes.
Renato Feder disse o erro aconteceu após a data do Provão Paulista ter sido alterada em razão da paralisação de metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp.
“A comissão avaliou toda a situação e chegou a conclusão que não houve crime ou esquema de fraude. Eles tiveram acesso ao tema da redação um dia antes da prova. Isso aconteceu porque a gente teve que mudar as datas da prova devido à greve, mas em três escolas o caderno de provas acabou sendo entregue um dia antes por um erro de distribuição”, disse o secretário.
No dia em que foi divulgado o vazamento do tema da redação, a secretaria anunciou que três escolas tiveram acesso antes. As unidades, que não tiveram os nomes informados, eram da zona leste de São Paulo, de Campinas e São Carlos, no interior.
Ainda segundo o secretário, a comissão avaliou que os demais estudantes não foram prejudicados, porque o vazamento foi apenas do tema da redação e não dos textos de apoio para a elaboração do texto.
Os estudantes de 3º ano fizeram a redação no dia 30 de novembro, mas, na noite anterior, o tema “Desafios do combate à fome” já circulava nas redes sociais.
O secretário da Educação disse também que a organização da prova não corrigiu todas as redações. Dos 184.020 estudantes que fizeram todas as etapas do Provão, apenas 65.111 tiveram a redação corrigida.
De acordo com Renato Feder, o processo de correção é “muito custoso”. Por isso, o contrato previa que apenas uma parcela dos inscritos teria o texto corrigido.
“Foram corrigidas só as redações dos 65 mil que tiveram as maiores notas na prova objetiva. Quem não teve a redação corrigida, é porque não teria chance de ser chamado na primeira, nem na segunda ou terceira chamadas”, explicou Feder.