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Governo atrai apenas uma empresa em proposta de privatização da Sabesp

Privatização da Sabesp tem apenas uma empresa interessada em ser acionista de referência, a Equatorial Energia, novata no ramo de saneamento

atualizado

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Divulgação/Sabesp
Fotografia colorida mostra prédio com logotipo da Sabesp - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostra prédio com logotipo da Sabesp - Metrópoles - Foto: Divulgação/Sabesp

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou, nesta sexta-feira (28/6), a Equatorial Energia como a única interessada em se tornar acionista de referência da Sabesp no processo de privatização da companhia de saneamento básico.

Segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, a Equatorial Energia propôs um preço mínimo de R$ 67 por ação da Sabesp, valor considerado pela titular da pasta como “acima do preço mínimo do estado”.

No entanto, o governo só anunciará os valores de cobertura e preço mínimo apresentados aos potenciais investidores após a conclusão do processo, prevista para 22 de julho.

Como o acionista de referência deve adquirir 15% das ações, a empresa deve desembolsar ao menos R$ 6,9 bilhões no processo de compra. Tanto Natalia quanto Tarcísio minimizaram a presença de apenas uma empresa na etapa final da desestatização da Sabesp.

“É comum em uma oferta pública que vários investidores manifestem interesse e desistam à medida que a gente vai vendo maior complexidade no processo”, declarou Tarcísio em entrevista coletiva concedida por videochamada de Londres, onde realiza um roadshow para oferecer ações a investidores estrangeiros.

O governador acrescentou que é provável que alguns investidores quisessem “ter o controle” da companhia. Ainda há 17% das ações a serem pulverizadas entre pessoas físicas e fundos. O governo paulista também impôs limitações como um impedimento para que o acionista de referência dispute outras concessões no Estado.

“A gente previu a hipótese de ter dois [interessados], de ter um, e até de não ter. A gente sempre preferiu ter esse acionista, e temos um finalista agora”, disse Natália.

Tarcísio disse que “fica satisfeito do projeto como um todo” e reiterou que o acionista de referência da Sabesp será revelado no dia 16 de julho deste ano.

Privatização da Sabesp: próximos passos

  • 1 a 15/7: Investidores, pessoas físicas e fundos de investimento fazem ofertas pelas ações da Sabesp no varejo
  • 16/7: Divulgação do acionista de referência
  • 18/7: Precificação da oferta
  • 22/7: Conclusão da privatização
7 imagens
Público contrário à privatização da Sabesp na Alesp
Público favorável à privatização da Sabesp na Alesp
O deputado Eduardo Suplicy durante audiência pública da privatização da Sabesp
Ao fundo, o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) segurando cartaz a favor da privatização da Sabesp
Público contrário à privatização da Sabesp na Alesp
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Plenário da Alesp com manifestantes pró e contra privatização da Sabesp

Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp
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Público contrário à privatização da Sabesp na Alesp

Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp
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Público favorável à privatização da Sabesp na Alesp

Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp
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O deputado Eduardo Suplicy durante audiência pública da privatização da Sabesp

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Ao fundo, o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) segurando cartaz a favor da privatização da Sabesp

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Público contrário à privatização da Sabesp na Alesp

Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp
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Público favorável à privatização da Sabesp na Alesp

Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp

Quem é a Equatorial

Única empresa interessada em se tornar acionista de referência da Sabesp, a Equatorial atua no setor de energia elétrica e possui concessões de fornecimento de eletricidade nos estados de Alagoas, Amapá, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul.

No Amapá, é o único caso em que a Equatorial também adquiriu a concessão do saneamento básico em 2021, sendo novata no ramo.

Uma das principais acionistas da Equatorial é a Opportunity, gestora do banqueiro Daniel Dantas, que foi preso duas vezes no âmbito da Operação Satiagraha, em 2008, sob suspeita de crimes contra o sistema financeiro. A operação foi anulada posteriormente pela Justiça.

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