metropoles.com

Gordura visceral pode agravar Covid, indica estudo da Unicamp e USP

Carga viral aumenta mais em células de gordura visceral, que envolve os órgãos, do que na gordura abaixo da pele, chamada de “pneuzinhos”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Aline Massuca/Metrópoles
COVID, RONALDO GAZOLLA, CTI
1 de 1 COVID, RONALDO GAZOLLA, CTI - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

São Paulo – Estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade de São Paulo (USP) mostraram que a gordura visceral, aquela que envolve os órgãos, pode agravar quadros de Covid-19.

Isso porque a carga viral do coronavírus aumenta mais em um adipócito, no caso, uma célula de gordura visceral, do que no tecido gorduroso que fica abaixo da pele, chamado popularmente de “pneuzinhos”.

Outro fator agravante é que, durante uma infecção, a célula de gordura visceral produz mais citocinas pró-inflamatórias, moléculas que avisam o sistema imunológico sobre ameaças que devem ser combatidas.

14 imagens
De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
1 de 14

Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
2 de 14

De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

Morsa Images/ Getty Images
3 de 14

Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 14

Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

Getty Images
5 de 14

Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
6 de 14

Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

Morsa Images/ Getty Images
7 de 14

A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

NIAID/Flickr
8 de 14

A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
9 de 14

Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
10 de 14

Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

Callista Images/Getty Images
11 de 14

Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
12 de 14

Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

Getty Images
13 de 14

As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

Getty Images
14 de 14

Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados Unidos

Getty Images

Células-tronco

Para chegarem a essas informações, os pesquisadores infectaram em laboratório dois tipos de células de gordura. Uma delas era proveniente de células-tronco humanas do tecido adiposo subcutâneo. A outra foi obtida a partir de células-tronco do tecido adiposo visceral.

Marcelo Mori, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e um dos líderes do estudo, afirmou que foi possível observar que o adipócito visceral é mais suscetível à infecção pelo SARS-CoV-2. A pesquisa foi publicada na revista Nature em setembro.

Gordura

“A carga viral aumenta bem mais nesse tipo de célula de gordura do que no adipócito subcutâneo. Acreditamos que isso se deve, principalmente, à maior presença da proteína ACE-2 [à qual o vírus se conecta para invadir a célula] na superfície celular”, disse.

O grupo de cientistas coordenado por Mori provou, em julho de 2020, que o SARS-CoV-2 infectava as células de gordura humanas.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?