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Golpistas usam sites fakes para faturar de impostos a compras on-line

Suspeitos abriram empresas homônimas de órgãos públicos e redes de varejo para aplicar golpe de pagamento de impostos e compras na internet

atualizado

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pessoa com cartão de crédito e um computador aberto
1 de 1 pessoa com cartão de crédito e um computador aberto - Foto: Getty Images

São Paulo — A Polícia Civil identificou uma rede de 500 empresas com nomes semelhantes aos de grandes redes de varejo e de órgãos públicos usadas por golpistas para receber pagamentos de impostos e de vendas on-line por meio de sites falsos.

A pedido de investigadores, a Justiça bloqueou R$ 180 mil do grupo, mas relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram que eles movimentaram uma quantia bem maior.

A investigação começou com a denúncia de uma vítima que usou o navegador Bing para procurar o site da Secretaria da Fazenda de São Paulo e pagar o IPVA de seu carro.

Uma página falsa da secretaria aparecia bem ranqueada no navegador e era muito parecida com o endereço on-line dela. A vítima acabou clicando no site falso e pagando um boleto para a empresa dos estelionatários. Depois, descobriu que o débito de seu IPVA, de fato, continuava aberto.

Inicialmente, a Polícia Civil desconfiou de um contador que havia aberto centenas de empresas em nome de um mesmo grupo de pessoas de outros estados. O profissional, no entanto, vinha denunciando às autoridades que seu nome estava sendo usado indevidamente por golpistas para abrir empresas.

A investigação, então, identificou como sócios em comum dessas empresas Eduardo Conceição de Sousa e Antonio Bonfim de Sousa. No pedido de busca e apreensão em endereços das empresas feito à Justiça, o delegado Tiago Fernando Correia afirma que a dupla tem histórico de estelionatos.

As empresas identificadas pela polícia têm nomes parecidos com os de grandes redes de varejo, como Magalu e Americanas. Na Justiça, ainda há processos de pessoas que fizeram compras no Mercado Livre, não receberam os produtos adquiridos e, quando foram reclamar, descobriram que o vendedor não existia mais no site.

A dupla ainda mantinha outras empresas homônimas de órgãos públicos, como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Em um relatório do Coaf, policiais identificaram que a rede de 500 empresas movimentou vultosos valores. Até mesmo seu capital é milionário. No entanto, após pedir bloqueio das contas delas à Justiça, o saldo encontrado foi de R$ 180 mil. Foram 42 contas bancárias abertas em nome dessas empresas. Recentemente, a polícia pediu novos bloqueios de valores para tentar rastrear o dinheiro.

O Metrópoles não localizou Eduardo e Antonio de Souza até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

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