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Golpe do Uber Flash: falso motorista encerrava viagem antes da entrega

Polícia prendeu motorista que usava identidades falsas para fazer serviços de entrega e cancelava a corrida antes de chegar ao destino

atualizado

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Imagem de dois notebooks abertos sobre uma mesa - Metrópoles
1 de 1 Imagem de dois notebooks abertos sobre uma mesa - Metrópoles - Foto: Divulgação/CComSoc

São Paulo — Um homem de 31 anos foi preso por aplicar golpes se passando por motorista de aplicativo, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, na noite dessa quinta-feira (1°/2). Ele atuava na modalidade de entrega e encerrava a corrida antes de chegar ao destino.

Com o falso motorista, foram encontrados dois notebooks e dois fones de ouvido, que teriam sido roubados de um usuário da plataforma. Para ficar com os itens, ele cancelava as viagens no caminho para o endereço da entrega, segundo a delegada que presidiu a ocorrência.

Além disso, o homem usava identidades falsas para alugar carros e fazer cadastro no aplicativo de viagens. A Polícia Militar (PM) localizou o suspeito pela placa do veículo, que estava “envolvido em diversas ações criminosas”, conforme o boletim de ocorrência.

“Ele utilizava documentação de terceiros para fazer cadastro na Uber. Ele ia fazendo vários cadastros e, dessa forma, encerrava as viagens e ficava com os objetos das vítimas”, disse a delegada.

Durante a abordagem, o homem tentou mentir novamente para os agentes, identificando-se como outra pessoa, ainda segundo o registro obtido pela reportagem.

O veículo foi devolvido à empresa locadora e os eletrônicos devolvidos à vítima. O caso foi registrado como estelionato, apropriação indébita, uso de documento falso e falsificação de documento público na Delegacia de Santana de Parnaíba.

Resposta da Uber

Em nota enviada ao Metrópoles, a assessoria da Uber disse que a empresa “não tolera nenhum comportamento criminoso e a conta do entregador parceiro foi desativada assim que a denúncia foi feita. A Uber está à disposição para colaborar fornecendo os dados necessários, nos termos da lei.”

No texto, a empresa de serviços de entrega sugere que usuários que acreditem ser vítimas de furto ou apropriação indébita pelo motorista façam um boletim de ocorrência para que as autoridades competentes possam investigar o ocorrido.

A Uber esclarece que “no Uber Flash não é permitido enviar itens de valor ou cujo transporte seja proibido por lei ou pelas regras da categoria. Itens essenciais e/ou com valor superior a R$ 500 não podem ser transportados, de acordo com os termos de uso da modalidade de serviço. Entretanto, o usuário também tem a opção de contratar uma proteção para enviar os itens de valores maiores (até R$ 4.500,00), que é oferecido por uma empresa parceira da Uber, podendo conferir os termos e valores no momento da solicitação do serviço”.

Por fim, a empresa enviou à redação um link com os termos de uso do Uber Flash. O material, no entanto, não está visível para o usuário que busca o serviço pelo aplicativo.

 

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