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“Golpe do amor”: polícia faz alerta após prender 80 sequestradores

Polícia registrou 26 casos de sequestros neste ano. “Golpe do Amor” começa em aplicativos de relacionamento e termina em cativeiros

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1 de 1 Imagem ilustrativa de Golpe do Amor - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

São Paulo – Com 26 casos do “golpe do amor” registrados neste ano, a Divisão de Antissequestro (DAS) da Polícia Civil alerta à população de São Paulo sobre os cuidados na hora de utilizar aplicativos de relacionamento. Desde o início do ano, 80 sequestradores foram presos no estado.

Fábio Nelson Fernandes, delegado da DAS, destaca os principais cuidados que os usuários desses apps precisam ter. Entre eles está a solicitação de videochamadas antes dos encontros.

“Assim, é possível comparar as fotografias do perfil com o rosto da pessoa que de fato está em conversação”, explica. Segundo ele, caso haja recusa na chamada, há a possibilidade de não se tratar da mesma pessoa e ser um perfil falso.

Outra dica é realizar o encontro em um local público, o que diminuirá a possibilidade de ocorrer um sequestro. A polícia destaca que se, durante as conversações para o encontro, houver mudança do local público para outro, não é recomendado ir. Isso pode ser um artifício para atrair a vítima ao sequestro.

Além disso, é importante fazer a verificação do perfil da pessoa em redes sociais e pesquisar na internet o nome com que ela se apresenta. A polícia também recomenda nunca compartilhar informações pessoais de localização e rotinas diárias.

Pés e mãos amarrados

No início desta semana, um caso de “golpe do amor” mobilizou a polícia. Um médico de 36 anos foi sequestrado e feito refém por quase 30 horas na zona norte da capital, após marcar um encontro em aplicativo de relacionamento.

Assim que chegou ao local combinado, foi rendido por três homens armados. O médico, que mora em São Roque, teve mãos e pés amarrados e acabou levado a um cativeiro.

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Poltrona que ele usava para as transferências
Casa usada como cativeiro
Máquina usada pelo grupo para transações
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Colchão onde o médico ficou

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Poltrona que ele usava para as transferências

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Casa usada como cativeiro

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Máquina usada pelo grupo para transações

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Equipe da PM estourou o cativeiro

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O grupo chegou a fazer movimentações na conta da vítima no valor de R$ 180 mil, entre transferências e empréstimos. A situação só não ficou pior porque a família do médico estranhou a falta de contato e acionou a polícia.

Equipes da Polícia Militar que patrulhavam a região da Vila Brasilândia, após denúncia anônima, conseguiram localizar a casa que servia de cativeiro para a vítima.

Quatro pessoas envolvidas no golpe foram presas, e o carro do médico foi localizado.

Vulnerabilidade

Neste ano, a DAS atendeu ao todo 26 casos do “golpe do amor”; 24 deles já foram esclarecidos. No ano passado, houve média de 9,6 casos por mês. Em comparação a este ano, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informa que a redução foi de cerca 50%.

“As polícias estão trabalhando para essa proteção ao cidadão, mas é necessário que as dicas de segurança sejam levadas em conta, já que, nesses casos, a vítima se coloca em vulnerabilidade”, diz o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

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