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Golpe do amor: grupo pede resgate a esposa após sequestrar corretor

Seis homens foram presos após sequestro de corretor de imóveis em São Paulo, mais uma vítima do golpe do amor. Ele foi atraído em aplicativo

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Divulgação/Polícia Civil
Após sequestro de 20 horas, polícia prende quadrilha do golpe do amor
1 de 1 Após sequestro de 20 horas, polícia prende quadrilha do golpe do amor - Foto: Divulgação/Polícia Civil

São Paulo – Seis homens foram presos após o sequestro de um corretor de imóveis, de 29 anos, na zona norte de São Paulo. Ele foi vítima do “golpe do amor”, no qual a pessoa é atraída por criminosos em conversas por aplicativos de namoro.

Segundo a Divisão Antissequestro da Polícia Civil, os sequestradores entraram em contato com a esposa do corretor pelo celular do próprio sequestrado, exigindo pagamento de R$ 20 mil a R$ 30 mil para o resgate.

Também foram feitos diversos saques da conta bancária da vítima, de acordo com a investigação. A família registrou um boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial de Osasco, na Grande São Paulo, que solicitou apoio à Divisão Antissequestro.

O corretor saiu para um encontro na noite de segunda-feira (20/3). Ele havia combinado de encontrar com uma suposta mulher em um shopping na zona norte, mas no meio do caminho a “pretendente” pediu para que ele a encontrasse em uma casa no bairro do Jaraguá, também na zona norte.

Ao descer do carro, a vítima foi abordada pelos criminosos.

A polícia identificou a localização de um dos suspeitos do sequestro, no Jaraguá. Na casa, quatro pessoas envolvidas no crime foram presas. Junto com elas, havia cartões de crédito do corretor de imóveis. Os detidos informaram aos agentes que a vítima estava sendo mantida refém em seu próprio carro, um Voyage, em uma estrada próxima dali.

Os policiais foram até o local e encontraram o corretor com outros dois sequestradores, que também foram presos em flagrante.

Segundo o delegado Fabio Nelson Fernandes, da Divisão Antissequestro, a vítima ficou cerca de 20 horas sob poder dos criminosos. Ele saiu para o encontro na segunda à noite e foi liberado somente na terça-feira (21/3).

Modo de atuação

O delegado afirmou que a maioria das quadrilhas especializadas nesse tipo de crime em São Paulo tem se utilizado da estratégia de combinar o encontro em local público e, depois, apresentar uma desculpa para que a vítima desvie o caminho.

“Em algum momento, essa outra parte diz que quebrou o carro ou que não conseguiu sair de casa. E pede para a pessoa buscá-la em outro local. É nesse momento que ela (a vítima) é levada a erro e vai para o local onde vai ser sequestrada. É isso que tem ocorrido na maior parte das vezes”, explica.

O investigador orienta que as pessoas sempre façam chamadas de vídeo antes do encontro, como forma de prevenção. Ele também ressalta que os encontros sejam sempre em locais públicos.

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