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Gleisi reage a fala de Tarcísio sobre PCC: “Armação rasteira”

Presidente nacional do PT, Gleisi afirmou que tentativa do governador de associar campanha de Boulos a uma facção é “crime dos mais graves”

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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann - Metrópoles
1 de 1 A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann - Metrópoles - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

São Paulo — A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu com indignação à declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a suposta interceptação de bilhetes no sistema prisional com um “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) indicando voto no candidato Guilherme Boulos (PSol) em São Paulo. O governador falou sobre o caso na manhã deste domingo (27/10).

“Tarcísio deixou pra espalhar na manhã da eleição a maior fake news de toda a campanha. É um crime dos mais graves a divulgação, pelo governo de São Paulo, de bilhetes apócrifos, tentando associar a campanha de Boulos e Marta a uma facção criminosa”, escreveu Gleisi nas redes sociais.

“Deixou pra espalhar essa mentira só hoje pra tentar escapar da Justiça Eleitoral, armação rasteira e covarde, típica dos seguidores de Bolsonaro como Tarcísio e Nunes. Além de crime eleitoral, é um ataque e uma ofensa aos eleitores e eleitoras de Boulos e Marta”, afirmou.

O deputado federal Kiko Celeguim, presidente do diretório estadual do PT m São Paulo, também se manifestou. “O governador Tarcísio, em uma tentativa desesperada de encobrir os vínculos evidentes de Ricardo Nunes com o PCC, cometeu abuso de poder ao afirmar que a organização criminosa apoia o candidato da oposição”, disse, em nota.

Celeguim disse que os fatos mostram o contrário. “É Ricardo Nunes quem tem relações com o PCC, tanto nas nomeações que fez quanto nas contratações da prefeitura que são objeto de investigação do Ministério Público. O desespero do governador deixa ainda mais claro o clima de virada que vemos nas ruas.”

A notícia sobre o “salve” foi revelada pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, nesse sábado (26/10).

“Disseram que era para votar no outro”

Neste domingo, Tarcísio, que apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), confirmou a interceptação do suposto “salve” relacionado à eleição em Santos, no litoral paulista, e falou sobre a capital. “Isso aconteceu em São Paulo também, disseram que era para votar no outro”, disse, referindo-se a Boulos.

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Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP
Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP
Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP
Tarcísio de Freitas (Republicanos) acompanhou o voto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na zona sul de São Paulo
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Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP

Ettore Chiereguini/Especial Metrópoles
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Tarcísio de Freitas (Republicanos) acompanhou o voto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na zona sul de São Paulo

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“Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de orientações. Uma facção criminosa orientando moradores de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos. Com o serviço de inteligência, houve essa interceptação”, afirmou Tarcísio de Freitas.

Ao saber das declarações de Tarcísio, o próprio Boulos se manifestou. “Que vergonha, né”, disse Boulos sobre a fala de Tarcísio. “Nada mais a dizer. É o candidato que ele apoia que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo”.

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