Gil Rugai deixa prisão com tornozeleira para estudar arquitetura em SP
Ex-seminarista foi condenado a 33 anos de prisão pelos assassinatos do pai e da madrasta; ele vai à faculdade com tornozeleira eletrônica
atualizado
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São Paulo — Condenado a mais de 30 anos de prisão pelos assassinatos do pai e da madrasta, em 2004, o ex-seminarista Gil Rugai passou a frequentar, desde terça-feira (9/5), aulas da faculdade de arquitetura em uma universidade de Taubaté, no interior de São Paulo.
Seus passos são monitorados por meio de uma tornozeleira eletrônica.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou ao Metrópoles, por meio de nota, que o presidiário foi autorizado judicialmente a sair temporariamente do sistema carcerário para cursar arquitetura.
Ele pode permanecer fora das dependências da Penitenciária 2 Doutor José César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé, no interior paulista, das 17h às 23h30.
Em 28 de março de 2004, quando o crime foi cometido, Gil Rugai tinha 20 anos. Luiz, 40, e Alessandra Rugai, 33, pai e madrasta do ex-seminarista, foram encontrados baleados e mortos na sede da agência de publicidade que funcionava na casa onde moravam em Perdizes, bairro nobre na zona oeste paulistana.
Gil sempre negou ser o autor do duplo homicídio.
Trâmites jurídicos
O ex-seminarista foi condenado a 33 anos, seis meses e 25 dias de reclusão, por dois homicídios qualificados. Ele também foi acusado de estelionato, em prejuízo da empresa de seu pai, a Referência Filmes.
Em 2022, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a pedido do Ministério Público (MPSP), cassou a decisão que colocou o ex-seminarista em regime semiaberto.
No fim de março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverteu a decisão. O habeas corpus favorável ao presidiário chegou ao Departamento de Execução Criminal (Deecrim) na sexta-feira (5/5).
Ele foi liberado para ir às aulas três dias depois.