Gestão Tarcísio mapeia fila “invisível” de cirurgias herdada de tucano
Como uma espécie de “vacina política”, gestão Tarcísio está mapeando a fila de espera para cirurgias que herdou do tucano Rodrigo Garcia
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Técnicos da Secretaria Estadual da Saúde estão fazendo um mapeamento em hospitais e diretorias regionais para mensurar o tamanho do que eles classificam como “fila invisível” de cirurgias eletivas que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) herdou das gestões tucanas de João Doria e Rodrigo Garcia.
O mapeamento cumpre uma dupla função: criar uma espécie de “vacina política” com um registro oficial do quadro real encontrado na Saúde do estado e apresentar um diagnóstico ao secretário Eleuses de Paiva para que ele defina um plano de ação até o fim deste mês para atacar o problema.
Nos primeiros levantamentos, os técnicos da Saúde já encontraram casos de pacientes com diagnóstico de câncer que estão há oito meses à espera de uma cirurgia. Nesses casos, as chances de recuperação e até mesmo sobrevivência vão reduzindo com o passar do tempo.
No caso da oncologia, por exemplo, o dado oficial que o governo Tarcísio recebeu em mãos da gestão anterior foi de uma fila de 1.536 pacientes. Mas esse número é referente apenas à Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde, chamada Cross.
A Cross é o serviço que os diversos órgãos de saúde usam para conseguir encaminhar pacientes para tratamento especializado. Quando o paciente de um serviço municipal precisa de um atendimento com especialistas, é para a Cross que o serviço da Prefeitura pede a vaga de internação.
Ocorre que os hospitais regionais e os hospitais estaduais da capital também têm suas próprias filas para cirurgias eletivas. E, segundo integrantes da nova gestão, esses dados não eram de conhecimento da equipe de Tarcísio durante a transição de governo, feita após a eleição junto com auxiliares do ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB).
A equipe do novo secretário da Saúde, Eleuses Paiva, estuda criar uma fila única para cirurgias das especialidades mais sensíveis, que seria dividida por região e disponível para consulta pública. Além da oncologia, os serviços de cirurgias cardíacas e ortopédicas estão no foco das prioridades do novo governo.