Gestão Nunes rebate Dino sobre oferta de ajuda federal na Cracolândia
Flávio Dino disse que ofereceu efetivo federal para SP, mas gestão Ricardo Nunes alega que discutiu outras propostas que ficam sem resposta
atualizado
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São Paulo — A gestão do prefeito da Ricardo Nunes (MDB) rebateu a declaração dada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, nesta segunda-feira (22/5), de que ofereceu apoio federal para ajudar a combater a criminalidade no centro de São Paulo, onde fica a Cracolândia, mas não recebeu resposta.
Durante evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo, Dino afirmou que entrou em contato com Nunes, há cerca de um mês, oferecendo efetivo da Força Nacional e da Polícia Federal (PF) para enfrentar o tráfico de drogas na região.
Segundo o ministro, “o prefeito ouviu com muita atenção, disse que iria estudar com a sua equipe e responder quanto a essa oferta do governo federal”, mas não teria respondido até agora.
Em nota enviada ao Metrópoles, a gestão Nunes rebateu a fala do ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Disse que Nunes e Dino conversaram por telefone há cerca de um mês sobre “possíveis parcerias e trabalhos em conjunto visando o enfrentamento ao tráfico de drogas na região central de São Paulo”, mas que foi o governo federal quem ficou devendo uma resposta.
Segundo a Prefeitura, “ficou acertado que o ministério formularia proposta de alteração da legislação sobre as prerrogativas das Guardas Municipais nas capitais, além de uma portaria para definir parâmetros do uso de câmeras com reconhecimento facial nos espaços públicos, bem como ações de combate ao tráfico de drogas nas fronteiras”. Até o momento, afirma, “as propostas não foram recebidas pela gestão municipal.”
Dino descarta GLO
Questionado por jornalistas, Dino descartou a possibilidade de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em São Paulo. O ministro da Justiça afirmou que GLO é uma medida “extrema” e que o governo opta por evitar o dispositivo.
“Tanto eu quanto o ministro Múcio estamos hoje discutindo uma forma de, juntos, atuarmos na segurança pública sem GLO. GLO é um remédio extremo, que deve ser usado excepcionalmente”, afirmou.
Como revelado pelo Metrópoles, a Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas da cidade de São Paulo estuda a viabilidade de uma ação de Garantia de Lei e Ordem (GLO) em regiões de manancial invadidas pelo PCC.