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Gestão Nunes nega novo imposto sobre carros para bancar tarifa zero

Após Nunes falar em “contribuição para veículos”, prefeitura diz que houve “erro de interpretação” e cita estudo sobre fundo do transporte

atualizado

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Fotografia colorida de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, discursando ao microfone - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, discursando ao microfone - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – A Prefeitura de São Paulo disse, nesta quarta-feira (23/8), que não existe a possibilidade de criação de um imposto municipal para proprietários de veículos da cidade. Segundo a gestão municipal, houve um “erro de interpretação” de uma fala do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em entrevista concedida nessa terça (22/8) à CBN.

Na ocasião, Nunes falou em “fazer alguma contribuição pequena para poder incentivar o transporte coletivo”. “Isso vai ser ‘beneficiário’, porque diminui o trânsito e a gente vai ter um ganho do contexto geral”, afirmou.

Em nota, a prefeitura afirmou que estuda apenas a criação de um fundo de gestão do transporte público e a possibilidade de substituir o vale-transporte.

“Houve erro de interpretação de uma informação, que logo foi corrigida pelo prefeito. O que existe em análise, como alternativa para financiamento do sistema, é a criação de um fundo para a gestão do transporte público na cidade, que seria composto, além dos investimentos públicos diretos, por recursos dos empregadores que atualmente pagam vale-transporte para os trabalhadores. Dessa forma, em vez de pagar o benefício ao colaborador, o recurso seria incorporado ao fundo”, diz a nota.

Na entrevista à CBN, Nunes havia dito que o dinheiro gasto pelos empregadores com vale-transporte gira em torno de R$ 2,8 bilhões. Para fechar a conta, seriam necessários R$ 10 bilhões. A “contribuição dos veículos” teria o objetivo de suprir a diferença.

“Não é imposto”

Questionado durante a entrevista se a contribuição seria uma espécie de imposto, o prefeito desconversou.

“Uma espécie de… Nada de pedágio, longe disso, mas talvez uma, uma… Ou seja, tem muitas possibilidades sendo estudadas para ser colocado para a sociedade e a gente poder chegar a um denominador comum. O que é importante? Que a gente tenha o transporte coletivo como algo principal no sistema de mobilidade da cidade e não se faz isso sem investimento, sem recurso”, disse Nunes.

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