Gestão Nunes e Grupo Silvio Santos fazem acordo por Parque do Bixiga

São Paulo — A gestão Ricardo Nunes (MDB) e o Grupo Silvio Santos chegaram a um acordo sobre o repasse do terreno da empresa ao lado do Teatro Oficina, no centro de São Paulo, para a construção do Parque do Bixiga, uma demanda antiga de lideranças comunitárias da região central que era liderada pelo diretor do teatro, Zé Celso Martinez, morto no ano passado.

O acordo ainda depende de alguns pontos, segundo a Prefeitura, mas o item mais importante, o valor a ser pago pelo terreno, foi acertado: R$ 65 milhões. O Metrópoles procurou o Grupo Silvio Santos para confirmar a negociação, mas não teve resposta.

De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, para o parque sair do papel, ainda é preciso o aval oficial do Grupo Silvio Santos, a aprovação, em segundo turno, do projeto de lei que cria o parque (cuja aprovação em primeiro turno ocorreu nessa terça-feira, 22/5) e a publicação do decreto de utilidade pública da área, quando o valor será repassado à empresa do apresentador de TV.

“Chamei o grupo Silvio Santos para conversar, tive algumas reuniões com eles. Convenci que era importante a gente fazer uma negociação. Eles mandaram uma proposta de R$ 80 milhões. Eu abri um processo dentro da Prefeitura para fazer uma avaliação. A Procuradoria Geral do Município fez uma avaliação. A avaliação é de R$ 64 milhões e alguma coisa e a gente apresentou para eles”, disse o prefeito.

A Câmara Municipal deve fazer duas audiências pública antes da aprovação do texto do projeto de lei em segundo turno. A autorização do Legislativo para a criação do parque se faz necessária, segundo o entendimento do prefeito, porque a revisão do Plano Diretor da cidade tem uma tabela específica para determinar os parques que devem ser criados na cidade — e o Bixiga não está lá.

Os vereadores ainda vão decidir se o parque será “do Rio Bixiga” ou só “do Bixiga”. Também há uma discussão, liderada pelos vereadores de oposição, em incluir o nome de Zé Celso no futuro parque.