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Gestão Derrite atrasa estudos e se cala sobre ampliar poder da PM

Medida do governo estadual relevada pelo Metrópoles amplia poderes de policiais militares. Polícia Civil de São Paulo se opõe à medida

atualizado

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Ministério Derrite extorsão Polícia Civil
1 de 1 Ministério Derrite extorsão Polícia Civil - Foto: Reprodução

São Paulo — Após ter prorrogado por 60 dias o grupo de trabalho montado para discutir a possibilidade de adotar o chamado Termo Circunstanciado Policial Militar (TC/PM), a Secretaria da Segurança Pública (SSP), chefiada por Guilherme Derrite, silencia sobre o andamento da proposta.

As medidas, que na prática permitem que PMs exerçam atividades de investigação, constam em uma ordem preparatória revelada pelo Metrópoles em abril e provocou enorme repercussão, incluindo forte oposição de integrantes da Polícia Civil. A medida ficaria restrita aos casos de menor potencial ofensivo, mas, mesmo assim, gerou reação negativa de delegados paulistas.

A prorrogação do grupo de trabalho, composto por representantes das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, começou a contar no dia 4 de julho. Até o momento, contudo, nenhuma manifestação oficial foi feita sobre os próximos rumos das medidas.

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Coletiva do MPSP e da SSP sobre operação em empresas de ônibus; na foto, coronel Cássio de Freitas (esq.) e o secretário Guilherme Derrite
Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
Policiais militares de São Paulo
Viaturas da Polícia Militar de São Paulo
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Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

Célio Messias/Governo do Estado de SP
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Coletiva do MPSP e da SSP sobre operação em empresas de ônibus; na foto, coronel Cássio de Freitas (esq.) e o secretário Guilherme Derrite

Alfredo Henrique/Metrópoles
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Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

Divulgação/MPSP
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Policiais militares de São Paulo

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Viaturas da Polícia Militar de São Paulo

SSP

O Metrópoles solicitou à SSP, no último dia 11, as deliberações do grupo, além de questionar quantas reuniões foram realizadas nos 60 dias de prorrogação anunciados por Derrite, que é capitão da reserva da PM.

Em nota à reportagem, a pasta afirmou que as atividades do grupo de trabalho “foram concluídas” e que “os resultados dos estudos” foram encaminhados para “análise das autoridades competentes”. A SSP disse, ainda, que “ao final da etapa, os resultados serão divulgados”.

Ainda no dia 11, o Metrópoles perguntou à pasta quando as atividades do grupo foram concluídas, quais autoridades competentes as analisariam e qual o prazo para a divulgação dos resultados. Desde então, nenhuma resposta foi encaminhada. O espaço segue aberto.

Demora para elaborar relatório

Quando prorrogou por mais 60 dias o período de discussões, contados a partir de 4 de julho, Derrite não especificou se novas reuniões seriam agendadas, nem qual o motivo para o atraso para a conclusão do relatório.

Desde o início, o grupo de trabalho é coordenado pelo ex-policial militar Rafael Ramos da Silva, secretário-adjunto de Projetos Estratégicos da Secretaria de Segurança Pública.

Até o fim de junho, cerca de oito reuniões do grupo de trabalho tinham sido realizadas, com duas viagens a Santa Catarina e Minas Gerais, estados onde policiais militares registram termos circunstanciados.

“É fundamental que a Secretaria de Segurança Pública responda a essas demandas de forma clara e que haja uma abertura ao diálogo com a sociedade sobre as ações em curso, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso à informação necessária para compreender as políticas adotadas, especialmente em áreas sensíveis como a segurança pública”, afirma o delegado André Santos Pereira, presidente da Associação dos Delegados de São Paulo (Adpesp).

Antes de o assunto ser tornado público, o governo estadual já havia elaborado uma ordem preparatória, para implementação do TC/PM,
propondo que cabos, soldados,  e outros integrantes da corporação iriam passar por curso com videoaulas e fazer prova de 15 questões, com exigência de 50% de acerto mínimo para aprovação.

A reportagem também procurou quatro integrantes do grupo de trabalho, mas nenhum deles respondeu. O espaço segue aberto para manifestações.

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