Sindicato de GCMs reclama de insalubridade de trabalho na Cracolândia
GCMs que atuam na Cracolândia estariam pegando doenças como sarna e tuberculose; entidade quer que local seja considerado insalubre
atualizado
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São Paulo — O Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos (Sindguardas) quer que a Cracolândia seja considerada um local insalubre para o trabalho. O presidente da entidade, Márcio dos Santos, afirma que os GCMs que atuam na região têm sido infectados por uma série de doenças, que vão de sarna até tuberculose.
“O equipamento de proteção individual é insuficiente [para proteger os guardas]. A gente quer classificar a insalubridade”, disse Márcio ao Metrópoles.
A classificação, segundo ele, é importante para que os casos sejam registrados como doenças ocupacionais e os profissionais tenham garantias específicas.
Há duas semanas, o sindicato enviou um relatório para a Prefeitura de São Paulo com os dados sobre a situação dos trabalhadores. Segundo reportagem da CNN, o documento afirma que os agentes sofrem “muita exposição biológica” ao acompanhar as atividades de limpeza das ruas da Cracolândia.
Ao Metrópoles, a Secretaria Municipal de Gestão disse que recebeu representantes do sindicato neste mês.
A pasta afirma que as demandas estão sob análise de uma equipe técnica, mas ressalta que os agentes da GCM já recebem o adicional de periculosidade e não poderiam, pela legislação vigente, acumular o benefício com o adicional de insalubridade.
“A pasta também esclarece que a GCM assegura a disponibilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para os agentes que atuam na referida região”, diz a nota.