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GCM que matou chefe estava sem porte e usou arma particular

Mudança na escala teria sido motivação para o GCM Nelson Fam dos Santos, de 46 anos, atirar contra dois superiores e depois se matar

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Foto colorida de pelotão de GCMs em fila e com as mãos para trás
1 de 1 Foto colorida de pelotão de GCMs em fila e com as mãos para trás - Foto: Divulgação/GCM

São Paulo – O guarda civil municipal que atirou contra dois superiores e se matou em seguida, na manhã desta quarta-feira (7/2) em Cotia, na Grande São Paulo, estava sem seu porte de arma, em decorrência da ausência de um certificado exigido pela Polícia Federal.

Nelson Fam dos Santos, 46 anos, porém, mantinha em seu carro uma pistola calibre 380, de uso pessoal, que foi usada contra o inspetor Carlos Roberto Pires Haddad, 56 anos, que morreu, e contra o subcomandante Luciano Stephano de Oliveira Leite, 52 anos, que permanecia internado até a publicação desta reportagem.

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GCM atirou nos dois chefes na base da corporação em Cotia e depois se matou
GCM atirou nos dois chefes na base da corporação em Cotia e depois se matou
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GCM atirou nos dois chefes na base da corporação em Cotia e depois se matou; na foto subcomandante Luciano Stephano de Oliveira Leite, que está no hospital

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GCM atirou nos dois chefes na base da corporação em Cotia e depois se matou

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GCM atirou nos dois chefes na base da corporação em Cotia e depois se matou

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Segundo a Prefeitura de Cotia, Nelson se desentendeu com o subcomandante por causa da mudança de sua escala de trabalho, decorrida justamente pela ausência do certificado para manutenção de seu porte de arma.

Como revelado pelo Metrópoles, ele não estava com o documento porque não havia feito um curso de qualificação. Por isso, sua arma corporativa foi apreendida e ele acabou transferido para serviços no setor de administração da guarda.

Tapa nas costas

Em depoimento à Polícia Civil, o GCM Leandro Almeida da Silva afirmou que tratava de assuntos administrativos junto com o subcomandante Stephano.

“Neste momento, o GCM [Nelson] Fam desceu uma rampa e deu um tapa nas costas do subcomandante, apontando-lhe o dedo dizendo que ele era covarde”.

Após isso, Nelson então caminhou no sentido da recepção da base da guarda. Acredita-se que ele pegou a arma de uso particular nesse momento.

O subcomandante também saiu do local, indo para o acesso das salas administrativas do prédio.

Tiros e mortes

O Metrópoles apurou que Nelson retomou a discussão com o subcomandante. Quando ele foi para cima do superior, o inspetor Carlos Roberto Pires Haddad tentou intervir. Ele foi morto com um tiro no rosto.

Nelson atirou em seguida contra o subcomandante Luciano Stephano que, mesmo ferido, conseguiu fugir. Em seguida, o guarda se matou com um disparo na cabeça.

O subcomandante foi levado ao Hospital Regional de Cotia por uma viatura da corporação e foi submetido a uma cirurgia. Os outros dois GCMs foram encaminhados para a mesma unidade de saúde, onde chegaram já mortos.

Uma agente que testemunhou a cena ficou em estado de choque e precisou se medicada.

O caso foi registrado pela Polícia Civil como homicídio e suicídio consumado.

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