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GCM acusada de integrar milícia na região da Cracolândia deixa prisão

GCM Renata Oliva Scorsafava, acusada de cobrar taxa de proteção na região da Cracolândia, teve prisão convertida em domiciliar pela Justiça

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Imagem mostra homem fardado em frente a rua suja - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra homem fardado em frente a rua suja - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — A Justiça de São Paulo concedeu prisão domiciliar à guarda civil metropolitana Renata Oliva Scorsafava, acusada de integrar uma milícia suspeita de atuar na região da Cracolândia, no centro da capital paulista.

O juiz Leonardo Valente Barreiros, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, acolheu um pedido da defesa de Renata e afirmou que a prisão pode impedi-la de cuidar do filho de 11 meses.

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Dependentes químicos em meio ao fluxo da Cracolândia, na Rua dos Protestantes, na região central de São Paulo
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Usuários da Cracolândia se aglomeram ao redor da Estação da Luz, em São Paulo
Dezenas de criminosos arrombaram comércio na Cracolândia
Usuários de droga caminham pela Avenida Rio Branco, na Cracolândia, em São Paulo
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Operação policial na Cracolândia

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Dependentes químicos em meio ao fluxo da Cracolândia, na Rua dos Protestantes, na região central de São Paulo

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Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia

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Usuários da Cracolândia se aglomeram ao redor da Estação da Luz, em São Paulo

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Dezenas de criminosos arrombaram comércio na Cracolândia

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Usuários de droga caminham pela Avenida Rio Branco, na Cracolândia, em São Paulo

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Operação na Cracolândia na manhã desta quinta (14/9)

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Operação na Cracolândia em setembro deste ano

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Operação na Cracolândia na manhã desta quinta (14/9)

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Fluxo de dependentes químicos da Cracolândia circula por vias do centro de São Paulo

Reprodução/Arquivo Pessoal

A mulher e outros três GCMs haviam sido presos no último dia 6 de agosto, quando o Ministério Público (MPSP) deflagrou a Operação Salut et Dignitas, contra um “ecossistema de crimes” no centro de São Paulo.

Segundo promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Renata participava do esquema de extorsão contra comerciantes em troca de proteção contra criminosos e usuários de drogas.

A mulher e seu marido, Luis Felipe Scorsafava, soldado da Polícia Militar (PM), são sócios de uma empresa de segurança. Ela teria usado suas contas bancárias para dissimular valores movimentados pela suposta milícia.

Ao conceder a prisão domiciliar, o juiz afirmou que afastar a criança da mãe neste momento pode causar prejuízos. “Ainda que gravíssimos os crimes investigados na presente cautelar, e com vistas a preservar o melhor interesse da prole, notadamente de tenra idade ainda em fase de amamentação (cujo afastamento da mãe pode causar prejuízos), entendo presentes os requisitos para a concessão de prisão domiciliar à investigada”, afirmou.

A investigada Janaina da Conceição Cerqueira Xavier, foi presa na mesma operação, também teve sua prisão convertida em domiciliar pelo mesmo motivo. Nos dois casos, o MPSP se manifestou de forma contrária.

Segundo os promotores do Gaeco, a mulher é ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ela é acusada de integrar o núcleo da facção na Favela do Moinho, uma espécie de “fortaleza do crime”, para coordenar o tráfico de drogas na Cracolândia.

O GCM Rubens Alexandre Bezerra, acusado de integrar a milícia, também solicitou a conversão de sua prisão em domiciliar, o que foi negado pela Justiça.

Denúncia

Na semana passada, o Ministério Público de São Paulo denunciou oito investigados no âmbito da Operação Salut et Dignitas. Renata Oliva Scorsafava vai responder por atuação em milícia. Rubens Alexandre Bezerra, por comércio ilegal de armas.

Segundo a denúncia, eles “exigiram, para si, direta ou indiretamente, em razão da função de guardas-civis metropolitanos, vantagem indevida consistente em ‘taxa de proteção’ ou ‘segurança privada’ de comerciantes da região central da cidade”.

A partir de relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os promotores descobriram que os guardas recebiam dinheiro dos comerciantes através de depósito na própria conta ou nas contas de parentes e terceiros. Os acusados negam envolvimento nos crimes.

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