GCM disse ter bebido um chopp antes de atropelar e matar músico em SP
Em depoimento à polícia, o GCM Roni Mayer confessou ter bebido uma caneca de 300 ml de chopp em um aniversária de uma amiga na região
atualizado
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São Paulo — O guarda civil municipal (GCM) Roni Mayer de Souza, de 50 anos, disse em depoimento à Polícia Civil que bebeu uma caneca de 300 ml de chopp antes de atropelar e matar o músico de 47 anos Antonio Marcos Souza Silva, conhecido como Marcus Menezes. O atropelamento aconteceu por volta das 3h45 da manhã do último sábado (1°/6), na Rua Prudente de Morais, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo.
Roni afirmou aos policiais que voltava de um aniversário de uma amiga, o qual foi junto com a namorada, em um bar chamado Adega 33, a menos de 3 km de distância do local do atropelamento. Além disso, o interrogado disse que chegou ao estabelecimento por volta das 19h e que ingeriu uma caneca de chopp em um horário que não soube especificar.
O agente ainda mencionou ter bebido água e que, após deixarem o bar, foi junto com a namorada comer lanche nas proximidades.
Segundo o depoimento, o casal estava voltando para casa no momento em que atropelaram o músico, que acabava de sair de uma apresentação em um bar da rua onde o atropelamento ocorreu.
Medo de assalto
Câmeras de segurança flagraram o momento em que Roni atropela o músico Marcus Menezes. As imagens (assista abaixo) também mostram o veículo continuando o trajeto sem parar para prestar socorro à vítima.
Segundo boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, o agente disse que não viu o que aconteceu e começou a suspeitar que seria alvo de um assalto. Por estar de folga e desarmado, disse que preferiu sair do local.
Ainda de acordo com os registros policiais, uma testemunha, presente no bar ao lado de onde aconteceu o atropelamento, relatou ter ouvido o barulho do ocorrido. Após ver o músico caído e inconsciente, reuniu informações do carro do GCM e o procurou pela região. Ao encontrar o suspeito, o informou sobre o atropelamento. Após tomar conhecimento do que havia feito, Roni voltou ao local.
Ao retornar ao endereço, o homem teria apresentado sinais de embriaguez, com “fala mole, andar cambaleante e odor etílico”, relataram os GCMs. Um exame de bafômetro confirmou a suspeita.
O veículo do agente foi apreendido e será alvo de uma perícia. Roni Mayer foi preso em flagrante e responderá por homicídio culposo (sem intenção) qualificado, na direção de veículo automotor com o qualificador de ter ingerido bebida alcoólica.
Roni não responderá por omissão de socorro e fuga no local do acidente, segundo a polícia. O registro policial levou em conta o fato de ele e sua namorada não perceberem que haviam atropelado uma pessoa e levantarem a hipótese de um suposto assalto, levando em conta também o horário e a “periculosidade do local”.
O agente da GCM foi encaminhado à Cadeia Pública de Mogi das Cruzes, mas agora responde em liberdade.