Veterinária diagnosticou gato Thor com Síndrome de Pandora. Entenda
Caso Thor: gato que dilacerou o braço de tutora em São Vicente foi diagnosticado com desconforto emocional por ter Síndrome de Pandora
atualizado
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São Paulo — O gato Thor, que ficou conhecido nas redes sociais por ter dilacerado o braço da tutora Luciana Nascimento, em São Vicente, no litoral paulista, recebeu atendimento de uma veterinária especialista em felinos nesta quarta-feira (14/8). A médica diagnosticou o bichinho com Síndrome de Pandora, que causou seu desconforto emocional, e associou o estresse crônico dele a um problema de falta de socialização.
Alessandra Gonçalves, conhecida no Instagram como “doutora dos gatos”, publicou seu veredito final após realizar uma consulta domiciliar de mais de 2 horas.
No post, ela disse que diagnosticou que Thor apresenta um problema médico, conhecido como Síndrome de Pandora. “Resulta numa inflamação crônica da bexiga, a cistite intersticial, quadro que causa muita dor, ansiedade e medo, consequentemente resultando em desconforto emocional”, pontuou.
A veterinária também ressaltou que todos os problemas pelos quais o gato estava passando fizeram o “combo perfeito para um cenário desfavorável”. Ela explicou que o bichinho não estava recebendo tratamento para síndrome em si, apenas para os sintomas. “Temos que ir na base das emoções, ansiedade e medo”, falou.
Além disso, Alessandra afirmou que o estresse crônico do felino estava aliado a um “problema de falta de socialização na primeira infância”. “Ele foi adotado com apenas 10 dias de vida, não conviveu com a mãe nem com irmãos de ninhada, resultou num gato inseguro, medroso e com agressividade lúdica”, explicou.
A veterinária ressaltou que o comportamento agressivo de Thor “se agravou quando, por recomendação médica, indicaram a adoção de um novo gato no ambiente”, porque isso trouxe também o territorialismo.
O pet já está em tratamento! Alessandra receitou psicotrópico, analgésicos, manejo multimodal, enriquecimento ambiental e exames complementares. “Agora, torçam por ele, aliás, por nós, e ninguém soltará a patinha dele. Vai dar certo!”, almejou ao final da postagem.
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Em entrevista ao Metrópoles, o médico veterinário Fernando Oliveira havia sugerido que o motivo de gatos arranharem pode ir além do trauma ou da dor. “Se um gato tem um comportamento tranquilo, é um gato dócil e começa a apresentar esse comportamento, é indicativo que ele pode estar passando por algum problema, dentre eles, sentindo dores”, falou na ocasião.