Furtos de celular caem no Carnaval e dão respiro à segurança em SP
Números parciais da PM apontam redução de furtos e roubos de celular no Carnaval deste ano na capital paulista em relação a 2023
atualizado
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São Paulo – Números parciais do Centro de Operações da Polícia Militar (PM) indicam queda expressiva nos registros de furtos e roubos de celular durante os dias de Carnaval deste ano na capital paulista em relação a 2023 e uma redução ainda maior na comparação com 2020, antes da pandemia interromper a festa por dois anos.
Embora os dados consolidados dos quatro dias de Carnaval (10/2 a 13/2) ainda estejam em apuração, as gestões do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB) viram no resultado um respiro para a área da segurança pública, foco de críticas na capital e que deve ser o principal tema na eleição deste ano.
Segundo a PM, entre o último sábado (10/2) e essa terça-feira (13/2), houve registro de 249 furtos e 50 casos de roubo de celular na capital paulista, totalizando 299 ocorrências. A diferença entre as duas modalidades de crime é que no roubo há emprego de violência ou ameaça grave.
Os dados de terça-feira obtidos pelo Metrópoles foram fechados antes do fim do dia e, por isso, o número final pode subir ainda, mas não deve nem chegar perto das ocorrências registradas no último Carnaval paulistano, acreditam as autoridades.
Entre os dias 18 e 21 de fevereiro de 2023, datas do Carnaval de 2023, foram registrados 855 furtos e 100 roubos de celular. Ou seja, com o balanço parcial deste ano, os números mostram uma queda de 68% nos dois crimes. Já no Carnaval de 2020, pré-pandemia, o total de casos havia sido muito maior: 2.293 furtos e 321 roubos.
Em todo o estado, segundo o governo paulista, a queda do número de furtos e roubos de celulares durante o Carnaval foi de 48% em relação ao ano passado. Foram 686 aparelhos subtraídos entre os dias 9 e 14 de fevereiro, ante 1.320 casos registrados nos dias de Carnaval do ano passado.
No fim de semana de pré-Carnaval, os registros de furto e roubo de celular já haviam caído 57%.
Sem divulgar os dados, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, comemorou o resultado parcial. “Os números prévios já demonstram o sucesso de nossas ações”, disse ele em publicação nas redes sociais feita nessa terça-feira. Em todo o estado, o governo reforçou o policiamento durante o Carnaval com 15 PMs, além de ter colocado toda a tropa de sobreaviso.
Mesmo assim, o Carnaval deste ano não passou sem momentos de tensão entre foliões. Nessa terça, por exemplo, o bloco da cantora Pocah, a Avenida Marques de São Vicente, zona oeste da cidade, foi interrompido por causa de tumultos. A PM deteve 14 pessoas suspeitas de praticarem roubos de celular em grupo, agredindo as vítimas.
Na segunda-feira (12/2), o bloco Forrozin, da cantora Mariana Aydar, na República, também teve registros de cenas de violência. Já no domingo (11/2), a confusão se deu no bloco Prato do Dia, na Barra Funda, que foi dispersado com tiros de balas de borracha da Guarda Civil Metropolitana (GCM) por ter passado do horário.
Reforço na segurança
Quem foi às ruas na capital no Carnaval viu esquemas diferenciados para acesso a megablocos. No centro, havia pontos de revista pessoal de foliões em locais como Largo do Arouche, Praça da República, Viaduto do Chá e a Avenida São João. As estações do Metrô estavam com algumas de suas saídas fechadas para que os agentes de segurança melhor controlassem a entrada de público.
A PM informou ter colocado 15 mil policiais e 6 mil viaturas nas ruas e que os blocos teriam agentes à paisana voltados à prevenção dos crimes violentos e de casos de importunação sexual. O esquema também envolveu o uso de drones e helicópteros.
Além disso, em locais como a Rua da Consolação e a Avenida Pedro Álvares Cabral, na região do Parque Ibirapuera, a PM instalou postos de observação, com equipes monitorando a folia do alto.
Durante o Carnaval deste ano, a PM registrou dois casos de importunação sexual (prática ato libidinoso contra outra pessoa sem anuência) e dois de estupro de vulnerável (prática de sexo com menores de 14 anos).