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Furto de armas: Justiça decreta quebra de sigilos de sete militares

Quebra dos sigilos telefônicos, telemáticos e bancários foi feita a pedido do Comando Militar do Sudeste; 45 militares seguem aquartelados

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foto colorida da achada do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), unidade do Exército em Barueri - Metrópoles
1 de 1 foto colorida da achada do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), unidade do Exército em Barueri - Metrópoles - Foto: Divulgação/Exército do Brasil

São Paulo — A Justiça Militar de São Paulo determinou a quebra dos sigilos telefônicos, telemáticos e bancários dos sete militares suspeitos de envolvimento no furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, região metropolitana de São Paulo. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

A quebra dos sigilos, feita a pedido do Comando Militar do Sudeste, foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Até o momento, 17 metralhadoras foram recuperadas pela polícia — oito no Rio de Janeiro e nove em São Roque, no interior de São Paulo.

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Treinamento do Exército com metralhadora ponto 50, considerado armamento de guerra
Treinamento do Exército com metralhadora ponto 50, considerado armamento de guerra
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Os sete militares que tiveram os sigilos quebrados são investigados criminalmente por suspeita de participação direta no furto. Outros 20 homens da corporação são investigados pelo Exército na esfera administrativa.

O furto das 13 metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e oito calibre 7,62, que perfuram veículos blindados, foi revelado pelo Metrópoles. O furto teria ocorrido entre os dias 5 e 8 de setembro e foi descoberto no último dia 10, durante inspeção no quartel.

Oficiais envolvidos

Em entrevista coletiva concedida nesse domingo (22/10), o general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Sudeste, afirmou que há oficiais, sargentos, cabos e soldados na relação de suspeitos que “serão punidos ou por ação ou por inação”.

“Há diversos militares do quartel que, por negligência, deixaram de agir ali na gerência, controle e na fiscalização do material. Todo esse pessoal está sendo julgado administrativamente e pode ser preso disciplinarmente”, disse o general.

Nos casos de transgressão na esfera administrativa, a punição pode ser de até 30 dias de prisão disciplinar. Já os sete militares que são investigados na esfera criminal serão julgados pela Justiça Militar, que determinará as punições.

Militares aquartelados

Assim que o crime foi descoberto, todo o quartel – cerca de 480 militares – havia sido retido para que o Exército ouvisse depoimentos e reduzisse a quantidade de suspeitos envolvidos no episódio. Atualmente, há 45 militares aquartelados.

Os sete militares investigados por participação direta no furto das metralhadoras estão proibidos de sair do quartel. Os demais têm se revezado em turnos para permanecer no local.

Segundo o Exército, nem todos os aquartelados são suspeitos – muitos estão ali para auxiliar nas investigações.

“Eles não estão presos, estão no quartel para colaborar com as investigações”, disse o general Maurício Vieira Gama no domingo.

Segundo a Polícia Civil, as armas seriam vendidas para as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), que recusaram o armamento por falta de peças e por causa do estado de conservação das metralhadoras.

 

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