Protesto de funcionários paralisa linhas 1, 3 e 15 do Metrô de SP
Funcionários se recusam a assumir postos em protesto contra advertências da direção do Metrô; Linha 2-Verde opera com velocidade reduzida
atualizado
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São Paulo – Funcionários do Metrô de São Paulo realizam nesta quinta-feira (12/10) um protesto contra supostas “punições” que estariam sendo aplicadas pela empresa à categoria por causa da greve de 24 horas realizada no início do mês.
A ação paralisou as linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata no fim da manhã desta quinta, segundo o Metrô. A Linha 2-Verde opera com velocidade reduzida, enquanto as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, concedidas à iniciativa privada, não foram afetadas.
O Sindicato dos Metroviários diz que a companhia pratica “conduta antissindical”. Já o Metrô afirma que o protesto dos trabalhadores é uma resposta a uma advertência por escrito dada a cinco operadores de trem que teriam se recusado a participar de treinamentos.
“Eles se negam a participar da formação e da aula prática ofertada a outros empregados que estão sendo treinados para a função de operação de trem, procedimentos que fazem parte da rotina dos metroviários. Vale ressaltar que a advertência não implica suspensão ou demissão e que não há sequer impactos na remuneração. A advertência, por ora, cumpre apenas o seu papel de dar aos funcionários a oportunidade para que corrijam a conduta faltosa”, diz o Metrô.
Em nota, o Sindicato dos Metroviários afirma que a companhia passou a “aplicar punições contra a categoria” em uma “conduta antissindical” por causa da greve realizada no início do mês.
“Essas retaliações são em razão da justeza da greve, que contou com amplo apoio da população contra os processos de privatizações”, diz a nota. Segundo a entidade, o protesto realizado nesta quinta-feira é uma “paralisação organizada pelo sindicato contra essa conduta arbitrária”.
A presidente do sindicato, Camila Lisboa, afirma que está tentando contato com a direção do Metrô, sem sucesso. “Os trabalhadores estão revoltados e falaram que só vão assumir o trem quando pararem as advertências”, diz ela.
A empresa afirma que estuda medidas legais que podem ser tomadas devido à paralisação.