Funcionários da Unicamp entram em greve nesta segunda-feira
Grevistas são contrários a implementação do ponto eletrônico na universidade; Unicamp diz que controle de frequência é exigência do MPSP
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Os funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) entraram em greve nesta segunda-feira (28/8) contra a implementação do ponto eletrônico na universidade.
No boletim divulgado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), a categoria afirma que o projeto “fere a autonomia universitária e o trabalho qualitativo do funcionalismo público”.
Não há detalhes sobre quantas pessoas aderiram à paralisação. Além da revogação do ponto eletrônico, os grevistas reivindicam também outras questões, como a mudança na data de pagamento dos salários e o auxílio nutrição para aposentados.
Em nota, a Unicamp afirma que a implementação do ponto eletrônico é uma exigência do Ministério Público, aprovada por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), e que o projeto segue o que é “comumente praticado no funcionalismo público”
“Tal implantação ocorrerá de maneira gradual, planejada e em diálogo com os diversos órgãos e unidades da Unicamp”, afirma a instituição.
A universidade afirma que o STU se negou formalmente a participar do processo de discussão sobre o controle eletrônico de frequência, o que impede que as demandas dos servidores sejam incorporadas, segundo a nota.
O texto diz ainda que a gestão atual da reitoria ofereceu reajustes aos servidores, além de outros benefícios como plano de progressão de carreira e a criação de auxílio-refeição.
A Unicamp tem até 30 de junho de 2024 para instalar o sistema de ponto eletrônico em todos os campi. O prazo pode ser prorrogado por mais seis meses.