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Funcionários da Sabesp anunciam adesão à greve contra privatizações

Trabalhadores da Sabesp vão paralisar as atividades no dia 3 de outubro, em greve unificada com funcionários do Metrô e da CPTM

atualizado

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Sabesp/Divulgação
Concurso-Sabesp-2018
1 de 1 Concurso-Sabesp-2018 - Foto: Sabesp/Divulgação

São Paulo — Os funcionários da Sabesp vão paralisar as atividades no dia 3 de outubro em protesto contra o plano de privatização da companhia de saneamento paulista e de concessão das linhas de trem da CPTM e do Metrô à iniciativa privada. A greve articulada em parceria com ferroviários e metroviários deve durar 24 horas.

Atendimentos de emergência e o abastecimento de água serão mantidos, segundo o Sintaema, sindicato que representa o grupo de servidores da Sabesp.

A privatização da Sabesp é umas das principais bandeiras do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que defende que a mudança vai antecipar a universalização do saneamento básico no estado e pode trazer benefícios como a diminuição da conta de água para a população, o que é questionado pelos trabalhadores.

Considerada a “joia da coroa” do plano de privatizações do governo, a companhia já tem ações negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova York, mas o governo de São Paulo é atualmente seu principal acionista, com 50,3% de participação na empresa.

Para aumentar a participação privada, Tarcísio pretende fazer uma uma oferta adicional de ações no mercado (follow-on) destinada a atrair um novo acionista de referência.

Os trabalhadores da empresa afirmam que a companhia é financeiramente saudável e que não há justificativas para a desestatização. Em 2022, a empresa registou lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, valor 35% maior do que o registrado em 2021.

Com atuação na região metropolitana e também no interior do estado, a Sabesp fornece água para 28,4 milhões de paulistas e faz a coleta de esgoto de 25,2 milhões de pessoas.

Greve unificada

Na semana passada, metroviários e ferroviários já haviam anunciado a participação na greve do dia 3 de outubro. No caso do Metrô, os estudos de viabilidade econômica da privatização ainda estão em andamento. O governo contratou a empresa International Finance Corporation (IFC), uma consultoria ligada ao Banco Mundial, para estruturar a concessão.

Já na CPTM, a Linha 7-Rubi tem um edital de concessão aberto e o governo contratou estudos para verificar a viabilidade da operação privada nas linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira, 13-Jade e da futura linha 14-Ônix.

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