Funcionários da Fundação Casa mantêm greve por aumento de salário
Nova audiência de conciliação sobre a greve deve ocorrer nesta sexta-feira (5/5); servidores recusaram proposta de 6% feita pelo governo
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (4/5), funcionários da Fundação Casa decidiram continuar com a greve em busca de aumento salarial. Desta forma, a redução do efetivo continua por tempo indeterminado.
A greve teve início na madrugada dessa terça-feira (3/5), depois de os servidores recusarem uma proposta de reajuste oferecida pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), de 6%. À tarde, uma audiência de conciliação foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), e a retomada das negociações foi condicionada à suspensão da greve.
O sindicato da categoria, o Sitsesp, decidiu em votação manter a redução do efetivo. Uma nova audiência de conciliação deve ocorrer nesta sexta-feira (5/5).
O governo paulista obteve liminar no TRT-2 para que 80% do efetivo de servidores de cada área de atuação permaneça em seus postos de trabalho para a continuidade da execução da medida socioeducativa em todo o estado. Em caso de descumprimento, o Sitsesp será multado em R$ 200 mil ao dia.
Recusa reajuste de 6%
Na última terça-feira (2/5), o governo Tarcísio propôs um reajuste de 6% aos salários com incidência sobre outros benefícios como vale-refeição e vale-alimentação. A proposta foi inicialmente recusada e a greve, mantida.
No mesmo dia, o governador Tarcísio de Freitas entregou na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) um projeto de lei propondo aumento médio de 20% no salário dos policiais civis e militares.
Em sua defesa, a Fundação Casa argumentou que, entre 2018 e 2022, houve um reajuste de 18,91% nos salários, incluindo os benefícios. Só o vale-alimentação foi elevado em 45,42% durante o período.