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“Fui crucificada”, diz PM que não agiu em abordagem polêmica a jovem

PM Tamires Borges disse que não poderia intervir em ação na qual homem aponta arma a suspeito em frente a metrô porque estava de folga

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Foto colorida mostra Soldado da PM Tamires Borges; ela diz estar sendo crucificada após incidente envolvendo policial civil armado e menor negro na estação Carandiru - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra Soldado da PM Tamires Borges; ela diz estar sendo crucificada após incidente envolvendo policial civil armado e menor negro na estação Carandiru - Metrópoles - Foto: Reprodução/Rede Social

São Paulo — A policial militar que não agiu quando um homem apontou uma arma a um jovem negro suspeito de tentar praticar um assalto, em frente à estação Carandiru do Metrô, na zona norte de São Paulo, no último domingo (12/11), disse estar sendo crucificada nas redes sociais.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que a mulher, identificada como Tamires Borges, vai responder criminal e disciplinarmente pela omissão durante a abordagem.

“Eu já fui crucificada, massacrada e ameaçada. Agora vocês querem falar comigo?”, disse a policial à CNN. “Estou sob forte pressão psicológica. Fale com o meu advogado”, completou Tamires.

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Nessa quarta-feira (15/11), o homem armado foi identificado como o investigador da Polícia Civil Paulo Hyun Bae Kim, de 50 anos. O ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, disse que vai pedir o afastamento e o desarmamento dele por causa do episódio, assim como procedimento disciplinar contra a policial militar.

A abordagem no domingo foi filmada por um repórter fotográfico. No vídeo, o investigador Paulo Kim está com a família e não se identifica como policial. Ele saca a arma e mira em direção ao jovem, que é acusado de tentar praticar um assalto. O suspeito é imobilizado por outro homem, mas consegue se desvencilhar. Em seguida, a mulher do policial civil entra na frente do rapaz abordado pedindo que o marido não atirasse nele.

Durante a ação, o autor do vídeo vê a PM Tamires Borges em frente à estação do Metrô e pede que a policial militar faça uma intervenção, mas a soldado diz que está de folga e o orienta a ligar para o número 190. Na sequência, o jovem abordado se aproxima, e ela chuta o rapaz para afastá-lo. O autor do vídeo reclama e diz que a polícia “não serve para nada”, momento em que Tamires ameaça prendê-lo. No fim, o jovem suspeito foge correndo.

O Metrópoles procurou Tamires Borges para comentar o ocorrido, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Medalha do Mérito Comunitário

Tamires Borges Coutinho Siqueira, de 28 anos, é soldado de primeira classe da PM, com salário líquido de R$ 6.165. Em março de 2021, enquanto atuava na 4ª Companhia do 5º Batalhão da PM de São Paulo, a soldado prestou apoio a um homem de 18 anos do Rio Grande do Sul que viajou para a capital paulista para se encontrar com uma pessoa que conheceu por meio de um aplicativo de relacionamento e caiu no chamado “golpe do amor”.

Ele ficou quatro dias no Terminal Rodoviário do Tietê sem dinheiro e sem abrigo. A soldado da PM ofereceu alimento ao rapaz e participou de uma vaquinha para arrecadar dinheiro para que ele pudesse retornar ao seu estado. Por causa da ação, ela foi agraciada com a Medalha do Mérito Comunitário. “São atitudes como essa que enobrecem o bom nome da nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de São Paulo”, disse o 5º Batalhão na época.

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