Frei católico é preso em flagrante em SP por suspeita de pedofilia
Preso por pedofilia, frei Elvécio de Jesus Carrara produzia e armazenava imagens de cunho pornográfico de menores no celular, diz a polícia
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O frei Elvécio de Jesus Carrara, de 54 anos, da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) da Igreja Católica, foi preso em flagrante por suspeita de pedofilia na capital paulista.
O religioso católico foi detido na quarta-feira (3/5), em operação da Polícia Civil de Minas Gerais, chamada de “Falso Profeta”. Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em São João del-Rei (MG) e em Goiás.
Na capital paulista, os agentes teriam encontrado diversas imagens de pedofilia no celular do frei Elvécio. “Ele foi preso por produzir e armazenar fotos de cunho pornográfico de adolescentes”, diz a Polícia Civil, em nota.
Natural de Minas Gerais, o frei Elvécio também é presidente de um projeto social para crianças e adolescente em São Paulo e em São João del-Rei.
Operação Falso Profeta, realizada pela #PCMG nessa quarta (3/5), resulta na prisão em flagrante de um padre, de 54 anos, na capital paulista. Ele foi preso por produzir e armazenar fotos de cunho pornográfico de adolescentes. Na ação, cinco mandados de busca e apreensão, + pic.twitter.com/BjiDQCagmg
— Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) (@pcmgoficial) May 4, 2023
Igreja investiga frei
Em comunicado, a Ordem dos Pregadores afirmou que “se solidariza profundamente com as possíveis vítimas” do frei dominicano e disse tomou “as medidas necessárias” desde o recebimento de denúncia de abusos de menores contra ele, no início de março de 2023.
“Frei Elvécio foi informado de que uma investigação canônica prévia foi aberta, para apurar os fatos. Desde então, ele foi proibido de exercer o ministério sacerdotal, de trabalhos que o levassem a ter contatos com menores, de frequentar as cidades de São Paulo e de Goiás. O religioso, contudo, estava desobedecendo a algumas das disposições”, diz a nota.
A Ordem dominicana afirmou ainda que comunicou as autoridades sobre a denúncia e a apuração interna contra o frei e que colabora com a investigação da polícia para que os fatos sejam apurados e esclarecidos, com transparência e responsabilidade, e que as devidas medidas legais sejam tomadas”.
“Recordamos que as obras sociais que frei Elvécio preside e para as quais arregimenta fundos são de iniciativa pessoal. Ele nunca teve permissão de nenhum de seus legítimos superiores para tais obras, que eram realizadas à revelia das orientações das autoridades da Ordem no Brasil”, conclui a nota.
Já a Arquidiocese de São Paulo afirmou ter recebido a notícia da prisão por pedofilia “com perplexidade” e que “manifesta repúdio a toda forma de abuso”.
A instituição disse também que “se solidariza com as possíveis vítimas e seus familiares, reiterando o empenho da Igreja Católica pela proteção dos menores”.
Segundo a Arquidiocese, o frei Elvécio está “sob investigação interna” e foi proibido preventivamente pela ordem dos Dominicanos de exercer o “ministério sacerdotal”.