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Foragido, Rogerinho gravava com Da Cunha: “Amigo da vida toda”. Veja

Rogérinho Punisher é acusado de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e teria participado de extorsões a Vinícius Gritzbach

atualizado

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Rogerinho e Da Cunha
1 de 1 Rogerinho e Da Cunha - Foto: Reprodução

São Paulo — Foragido desde terça-feira (17/12), o investigador da Polícia Civil Rogério Almeida Felício, o Rogerinho, acusado de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), era amigo pessoal do deputado federal e ex-delegado Carlos Alberto da Cunha, que se tornou réu por abuso de autoridade e constrangimento ilegal durante operação policial. Da Cunha também responde por violência doméstica contra a ex-companheira.

Assim como Da Cunha, Rogerinho Punisher, como era chamado, era conhecido nas redes sociais. Em seu perfil no Instagram, com cerca de 70 mil seguidores, ele ostentava uma vida de luxo, apesar do salário de R$ 7 mil. O investigador também atuava como segurança do cantor Gusttavo Lima.

Em sua carreira como “influencer”, Rogerinho participou de gravações com Da Cunha, quando atuava na Equipe de Intervenções Estratégicas da 8ª Seccional. A maior parte dos vídeos foi deletada do YouTube.

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Rogerinho é citado em delação de Antonio Gritzbach
Rogerinho em despedida da Delegacia de Homicídios
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Rogerinho se diz segurança do cantor Gusttavo Lima

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Rogerinho é citado em delação de Antonio Gritzbach

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Rogerinho em despedida da Delegacia de Homicídios

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Durante entrevista a um podcast em maio de 2022, quando já estava afastado da Polícia Civil, Da Cunha foi questionado sobre a relação com seus antigos colegas, com quem havia se desentendido. Ele respondeu dizendo que Rogerinho era seu amigo e que no dia anterior eles haviam tomado refrigerante com esfirra.

“O Rogério é meu amigo de uma vida toda. O Rogério é de Santos, é criado e tal […]  Ontem, eu estava com o Rogério do lado da Delegacia-Geral tomando Coca-Cola e comendo esfirra. Já está tudo certo. Já mandei um abraço para o Renato, para o doutor Denis. ‘Ah, eles brigaram com você’. Brigaram, imagina a pressão que eles estavam tomando lá dentro. Eu mandando rojão e eles lá dentro aguentando”, afirmou Da Cunha.

“Quando eu saí, o doutor Denis, o Renato e o Rogério foram perseguidos. Se eles falassem meu nome ou falassem que gostassem de mim, eles iam ser moídos. Até o doutor Rui [Ferraz Fontes] sair do poder”, acrescentou.

Da Cunha foi afastado da Polícia Civil após suspeitas de que ele teria obrigado a vítima de um sequestro a voltar para o cativeiro, nos braços de um sequestrador, para fazer uma gravação para seu canal no YouTube na zona leste de São Paulo. Mais tarde, o ex-delegado viria a se tornar réu por constrangimento ilegal.

Rui Ferraz Fontes, mencionado por Da Cunha na entrevista ao podcast, era o então delegado-geral da Polícia Civil.

“Olha o tamanho do Rui. Imagina o Rui, a Delegacia-Geral, todo mundo moendo os caras porque os caras trabalharam comigo. Eles ficavam com a faca no pescoço”, afirma.

Assista:

Mandado de prisão

Rogério Almeida Felício foi alvo de um mandado de prisão expedido no âmbito da Operação Tacitus, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo. Outras sete pessoas foram presas, incluindo um delegado e outros três policiais civis.

O grupo foi citado pelo corretor Vinícius Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil em 31 de outubro. De acordo com as declarações, os policiais teriam cobrado R$ 40 milhões e recebido pelo menos R$ 1 milhão para livrá-lo de uma investigação sobre a morte de Anselmo Santa Fausta, líder do PCC conhecido como “Cara Preta”.

Oito dias depois do depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, Vinícius Gritzbach foi morto com 10 tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos.

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